📢MCV #25: IA e Equidade Racial: Desafios e Caminhos no Brasil
Toda semana realizamos uma curadoria dos principais temas que entendemos que podem contribuir para construir um Brasil mais justo e avançado.Feedbackssão sempre bem-vindos e, para isso, basta responder este e-mail com seus comentários.
- O encontro realizado pelo Instituto Gesto e pelo Vetor Brasil reuniu mais de 100 líderes negros e indígenas para discutir estratégias de equidade racial no setor público. Isso faz parte do programa Ubuntu, que apoia profissionais públicos envolvidos em ações antirracistas. Durante o evento, foram apresentados projetos em áreas como educação, saúde e gestão de pessoas para combater o racismo e promover a igualdade racial no setor público. Isso é significativo, destacando a necessidade de inclusão e ação antirracista no governo para combater o racismo sistêmico e garantir representatividade e igualdade racial.
- Avanços em Inteligência Artificial (IA) têm o potencial de transformar o governo, mas a colaboração insuficiente entre especialistas de diferentes áreas é um desafio. O estudo “Artificial intelligence in government: Concepts, standards, and a unified framework” propõe três conceitos-chave para guiar o uso eficaz e ético da IA no setor público. Isso é relevante devido à inevitabilidade da IA no governo e fornece orientações para formuladores de políticas públicas no Brasil.
Setor Público
Lideranças negras e indígenas debatem equidade racial na gestão pública em evento no Recife
(Português, 3 min, texto)
Resumo:
O Instituto Gesto e o Vetor Brasil realizaram um encontro em que mais de 100 lideranças negras e indígenas discutiram estratégias para promover a equidade racial no setor público. A iniciativa faz parte do programa Ubuntu, que apoia o desenvolvimento de profissionais públicos que buscam ações antirracistas em seus negócios. Durante o evento, os participantes apresentaram projetos focados em áreas como educação, saúde e gestão de pessoas, com o objetivo de combater o racismo e promover a igualdade racial no setor público.
Por que importa?
O evento destaca a importância de promover a equidade racial no setor público, reconhecendo a necessidade de ações antirracistas e a inclusão de profissionais negros e indígenas em posições de liderança. Isso é crucial para combater o racismo sistêmico e garantir que o setor público seja representativo e inclusivo, atendendo às necessidades de todas as comunidades de forma justa e equitativa.
MEC quer criar agência reguladora do Ensino Superior
(Português, 1 min, texto)
Resumo:
O ministro da Educação, Camilo Santana, enviará ao Congresso um Projeto de Lei (PL) para criação de uma agência reguladora para o Ensino Superior público e privado.
Por que importa?
A provisão de educação pública acessível e de qualidade tem alta relevância para a construção do país. A visão do ministro é que, com 80-85% das matrículas no ensino privado, uma regulação se faz necessária. O trabalho do MEC em si não seria suficiente para tal. A nova estrutura de governança gerará impactos que serão discutidos em plenário e, posteriormente, devem ser monitorados.
Com Educa Juntos, Paraná leva parceria com municípios a fórum nacional de alfabetização
(Português, 1 min, texto)
Resumo:
O Paraná participa do Seminário Nacional pela Alfabetização 2023 em Brasília, um evento voltado para a alfabetização infantil. Durante o evento, especialistas, líderes educacionais e profissionais discutirão a melhoria da eficácia da aprendizagem e a colaboração entre estados e municípios. O estado do Paraná apresentará o Programa Educa Juntos, que fornece materiais didáticos e formação contínua para professores em cooperação com os municípios.
Por que importa?
O evento é uma oportunidade para discutir a alfabetização como prioridade na política educacional brasileira e identificar estratégias para superar os obstáculos educacionais. Isso reforça a importância da colaboração e do compromisso com a alfabetização de excelência.
Sala de Aula
What most American schools do wrong
(Inglês, 2 min, texto)
Resumo:
O artigo de opinião de Adam Grant ilustra uma política pública de baixo custo financeiro com resultados expressivos, como manter o mesmo professor por, ao menos, dois anos na mesma turma durante o ensino fundamental. O fato de o professor conhecer melhor o aluno é indicado como um dos fatores por trás do sucesso de países como Finlândia, Estônia e, no caso estadunidense, na Carolina do Norte. Apesar de não mencionado no artigo, é interessante notar que Martin Carnoy, professor de Stanford, discorre sobre o mesmo efeito em escolas em Cuba.
Por que importa?
A análise de estudos com políticas públicas eficazes e eficientes ao redor do mundo pode inspirar experimentos no Brasil e influenciar nossas políticas públicas.
Educação é vetor de garantia de oportunidades, diz Camilo Santana
https://oestadoce.com.br/geral/educacao-e-vetor-de-garantia-de-oportunidades-diz-camilo-santana/
(Português, 3 min, texto)
Resumo:
O ministro da Educação, Camilo Santana, participou do Expo Favela Innovation, um evento de empreendedorismo voltado para as periferias, realizado no Ceará. No painel "O papel da educação no enfrentamento das desigualdades", Santana enfatizou a importância da educação como vetor de garantia de oportunidades no Brasil, um dos países mais desiguais do mundo. O ministro destacou a missão do Ministério da Educação em fortalecer a Educação Básica, com ênfase na alfabetização na idade certa, a fim de reduzir taxas de reprovação, evasão e abandono escolar.
Por que importa?
A declaração de Camilo Santana ressalta a relevância da educação na superação das desigualdades no Brasil, um país marcado por profundas disparidades sociais e econômicas. A preocupação com a inclusão e a cidadania digital também é abordada, enfatizando a necessidade de combater as desigualdades educacionais em todo o país.
Contação de histórias potencializa o ensino de língua inglesa para crianças
https://porvir.org/contacao-de-historias-ensino-lingua-inglesa/
(Português, 3 min, texto)
Resumo:
O uso de storytelling, ou a arte de contar histórias, tem se mostrado uma metodologia eficaz no ensino de língua inglesa para crianças em escolas públicas. O storytelling envolve a narração de histórias de forma envolvente, com auxílio de recursos visuais e dramatização por parte dos professores. Isso ajuda a tornar o aprendizado mais atraente e eficaz, contribuindo para a aquisição de vocabulário, consciência fonológica e habilidades socioemocionais.
Por que importa?
O storytelling é uma ferramenta poderosa no ensino de línguas, especialmente para crianças. Ele não apenas facilita o aprendizado do idioma, mas também estimula a imaginação, a concentração e a curiosidade dos alunos. Além disso, promove uma conexão mais significativa com a língua e o conteúdo. O uso eficaz dessa metodologia pode melhorar a qualidade do ensino de línguas em escolas públicas, tornando-o mais acessível e atraente, ao mesmo tempo em que contribui para o desenvolvimento educacional das crianças.
Pesquisa
A discriminação racial do Brasil em números
https://open.spotify.com/episode/4nTfL6Z6BGvTHzKykRvZqz?si=L_uT01K3TJGKRH-hp-jMwA
(Português, 28 min 5 s, podcast)
Resumo:
O Café da Manhã, podcast da Folha de S.Paulo, entrevistou os economistas Michael França e Alysson Portella que, na semana passada, lançaram o livro "Números da Discriminação Racial". Os economistas discorreram sobre fatos como o de que pessoas negras, com o mesmo nível de experiência e educação, recebem 14% a menos que pessoas brancas, quais são as causas para isso e algumas possíveis soluções.
Por que importa?
A desigualdade racial se faz presente em nosso país há séculos. É moralmente inaceitável e injusto, além de também criar problemas de coesão social. Entender a realidade no detalhe e encontrar soluções nas políticas públicas e na cultura que permeia o racismo estrutural no país são elementos fundamentais para superarmos esse atraso.
Tecnologia
Relatórios de Avaliação de Impacto Algorítmico: arranjos institucionais e análise estrutural são necessários no Brasil
(Português, 3 min, texto)
Resumo:
O texto analisa aspectos da legislação brasileira sobre o Projeto de Lei relativo à Regulação de Inteligência Artificial. Dentre outros, a forma como está sendo tratada a temática de Avaliação de Impacto Algoritmo, ou seja, relatórios que analisam impacto em áreas como economia, saúde, meio ambiente, conhecimento e compreensão da realidade e vigilância estatal. Esses relatórios são parte do arranjo necessário para estabelecer quais tipos de aplicação apresentam mais riscos e demandam mais regulação. Mas, como o texto indica, são necessários, mas não suficientes.
Por que importa?
Com tecnologias que avançam rapidamente, os debates sobre os riscos e benefícios destas devem ser conduzidos de maneira célere. Ter framework e governança adequadas nos permite fazer essas discussões de maneira prática, permitindo que não inibamos a inovação, mas, ao mesmo tempo, reduzamos os riscos que impactam desproporcionalmente as populações mais desafortunadas.
Como os vieses entram na IA generativa?
https://desvelar.org/2023/10/25/como-vieses-entram-na-ia-generativa/
(Português, 5 min, texto)
Resumo:
A Inteligência Artificial Generativa (IA Generativa) tem sido amplamente utilizada e discutida devido a incidentes discriminatórios reportados por usuários. Esses sistemas, como as Redes Neurais Adversárias (GANs), são capazes de gerar novos dados, como textos e imagens. No entanto, estudos mostraram que esses modelos podem perpetuar estereótipos e preconceitos, principalmente em razão dos dados de treinamento utilizados. A falta de transparência e a propagação de informações falsas são outras fragilidades desses sistemas.
Por que importa?
A IA Generativa tem o potencial de influenciar milhões de usuários e está sendo integrada em produtos de grandes empresas. A perpetuação de estereótipos e preconceitos por esses sistemas pode ter impactos negativos em grande escala. A sociedade precisa estar educada e resiliente para questionar, denunciar e participar ativamente dos debates sobre essas tecnologias, garantindo que a IA beneficie a todos de forma justa e ética.
Primeira fase da Unicamp aborda ChatGPT, 'Guardiões da Galáxia' e racismo com textos de Sueli Carneiro e Luther King
(Português, 7 min, texto)
Resumo:
A primeira fase do vestibular da Unicamp 2024 abordou uma variedade de temas contemporâneos e relevantes, incluindo inteligência artificial, com destaque para o aplicativo ChatGPT. Além disso, questões sobre racismo citaram Martin Luther King e Sueli Carneiro, representantes fundamentais para os movimentos negros, cada um em seu contexto geográfico e temporal. A prova também refletiu sobre a colonização e seus impactos nos povos indígenas, a música brasileira sob o regime militar e os efeitos do uso de anabolizantes.
Por que importa?
A abordagem de temas contemporâneos e relevantes no vestibular, como o ChatGPT, o racismo no Brasil e as reflexões sobre a colonização e seus impactos nos povos indígenas, enfatiza a necessidade de cultivar uma consciência crítica nos estudantes. Em um mundo em rápida transformação, é essencial desenvolver uma capacidade crítica para avaliar, questionar e compreender os impactos dessas mudanças e temas na sociedade. Isso reforça o papel da educação em formar cidadãos conscientes, capazes de navegar e influenciar positivamente o futuro.
Sarah Bond é a primeira mulher negra a assumir a presidência do Xbox
(Português, 1 min, texto)
Resumo:
Sarah Bond tornou-se a primeira mulher negra a assumir a presidência da Xbox. A reorganização da liderança foi recentemente anunciada, colocando Sarah à frente da divisão de software e hardware da empresa. Ela tem o desafio de popularizar a cultura do console híbrido e teve papel importante na aquisição da Activision Blizzard. Sarah liderará diversos setores, incluindo engenharia de plataforma e desenvolvimento de negócios. Ela espera inspirar mais mulheres negras a se juntarem à indústria dos games.
Por que importa?
A nomeação de Sarah Bond é um marco significativo na indústria dos games, dominada historicamente por homens e com apenas 5% de negros. Representa um passo em direção à diversidade e à inclusão. Sarah pode inspirar outras mulheres negras a buscar carreiras no setor. Sua liderança pode trazer perspectivas e inovações únicas. Destaca, ainda, a necessidade das empresas de assumirem e serem assertivas em seus compromissos com a diversidade.
ChatGPT — Guia de uso avançado #1
https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:7124389517314207744/
(Português, 7 min, texto)
Resumo:
O texto de Rogério Inácio descreve uma série de formas interessantes de usar o ChatGPT. Para melhorias como profissional, para desenhar planos de ação concretos ou mesmo praticar seu inglês, cada exemplo traz uma análise das habilidades que a IA está emulando e o link para que possa ler as interações e aprender por meio destas.
Por que importa?
Aprender a utilizar as novas ferramentas de IA, de forma prática em seu cotidiano, pode aumentar sua produtividade e trazer novas possibilidades. Os exemplos trazidos por Rogério são focados em educação e impacto social e podem tornar esses setores mais eficazes e eficientes.
Practical Strategies for Image Generation in Education
https://leonfurze.com/2023/10/16/practical-strategies-for-image-generation-in-education/
(Inglês, 12 min, texto)
Resumo:
O texto de Leon Furze aborda usos práticos de IA para geração de imagens com educadores como público-alvo.
Por que importa?
Há uma clara evolução dos modelos de geração de imagem, como Adobe Firefly ou DallE 3. O autor cita vários casos de uso interessantes e ilustra com seus próprios exemplos. No entanto, os vieses ainda são evidentes. Esse tema, em si, pode ser trabalhado em sala usando imagens geradas por IA que, claramente, refletem uma amostra viesada da sociedade, que é o que está representado na internet.
Fuga de cérebros: Brasil está perdendo talentos em inteligência artificial para exterior, diz ranking
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cv2lklwl4x9o
(Português, 9 min, texto)
Resumo:
O Brasil está enfrentando uma "fuga de cérebros" na área de IA, com muitos de seus talentos trabalhando para empresas e governos estrangeiros. O país ocupa o 35º lugar no Global AI Index, que avalia 62 países em relação à IA. Apesar de ter um grande número de profissionais no campo, o Brasil não tem conseguido reter esses talentos, que muitas vezes buscam melhores oportunidades no exterior.
Por que importa?
A migração de especialistas em IA do Brasil para o exterior representa uma perda significativa para o país em termos de inovação e desenvolvimento tecnológico. A retenção desses talentos é crucial para fortalecer a posição do Brasil no cenário global de IA, um mercado que movimenta bilhões e tem potencial de crescimento nos próximos anos.
Why I believed EdTech could save my school — and how it failed me
(Inglês, 6 min, texto)
Resumo:
O professor de Matemática e Ciência da Computação Michael Ida fala sobre sua frustração com as tecnologias educacionais. Sendo alguém apaixonado por tecnologia, acreditava que durante a pandemia conseguiria tornar-se agnóstico às interações presenciais usando uma série de ferramentas. Porém, não conseguiu criar o tipo de experiência que imaginava. Ao voltar para a escola, entendeu duas coisas: precisava evoluir a própria forma de dar aulas, criando experiências efetivamente mais interativas e não uma "versão digital das carteiras enfileiradas", e faltava o contato humano mais próximo.
Por que importa?
Apesar de todos os problemas que causou, a pandemia abriu a mente de muitos professores para o uso de ferramentas tecnológicas. Porém, estas precisam ser incorporadas da forma adequada e ser usadas para criar experiências verdadeiramente diferentes que aproveitem o que o digital tem de melhor, enquanto reforçam o que o humano tem de vantagem. Em Educação Básica, interações humanas próximas sempre serão fundamentais. O texto reforça e ilustra isso claramente do ponto de vista de um professor com forte conhecimento em tecnologia.
Inteligência Artificial no governo: conceitos, padrões e um framework unificado
https://arxiv.org/abs/2210.17218
(Inglês, 1 min, texto)
Resumo:
Avanços em IA têm potencial para transformar o governo. No entanto, um desafio é que os especialistas dessa área, que vêm de campos como política e tecnologia, não estão colaborando o suficiente. O estudo busca unir essas diferentes áreas e propõe três conceitos-chave: como fazer a tecnologia funcionar bem no governo, garantir que ela seja ética e entender onde ela pode errar. Esses conceitos são projetados para ajudar a usar IA de maneira eficaz e justa no setor público.
Por que importa?
O uso de IA no governo é tão certo quanto o uso de eletricidade nos dias de hoje. No entanto, isso não precisa ser feito de forma desorganizada. No estudo apresentado, existe um guia para implementar IA no setor público, o que pode inspirar formuladores de políticas públicas no Brasil.
What will it take for a district to buy a GenAI platform?
(Inglês, 1 min, texto)
Resumo:
Nos Estados Unidos, Amanda Bickerstaff, fundadora de uma empresa que ajuda professores a implementar IA nas escolas, entrevistou Patrick Gittisriboongul, superintendente assistente do Distrito Escolar Unificado de Lynwood. A entrevista focou na possibilidade de o distrito adotar tecnologias educacionais baseadas em IA Generativa, como o ChatGPT. Gittisriboongul revelou que, até o momento, não há produtos no mercado que atendam às necessidades específicas do seu distrito. As barreiras incluem questões de equidade de acesso, privacidade de dados e segurança. Atualmente, o distrito está concentrado em aprimorar a alfabetização em IA entre os professores e alunos. Para ser considerada ideal, uma plataforma GenAI deveria ser centralizada, confiável, segura e permitir consultas de forma ágil e eficaz.
Por que importa?
O debate sobre implementação de IA nas escolas em outros países pode oferecer insights valiosos para desenvolver estratégias eficazes no Brasil. A implementação bem-sucedida de IA tem o potencial de transformar significativamente o sistema educacional. No entanto, é fundamental que essa tecnologia seja integrada de maneira criteriosa, levando em consideração as necessidades e preocupações específicas de cada instituição educacional ou órgão governamental responsável pela educação.
AI for impact — how X is using breakthrough AI to solve some of the world's biggest challenges
https://www.youtube.com/watch?v=gZJ7beqpNFg
(Inglês, 20 min, vídeo)
Resumo:
David Andre, diretor científico da X Company (uma divisão do Google focada em projetos altamente inovadores e ambiciosos), tem trabalhado para trazer a IA para o mundo físico com o objetivo de resolver os maiores problemas da humanidade por mais de 30 anos. Recentemente, no World Summit AI, ele compartilhou por que acredita que as promessas da IA estão finalmente se concretizando, e por que está entusiasmado para que mais especialistas em outros campos — de enfermeiros a biólogos oceânicos — tenham acesso a essas ferramentas para resolver os problemas que melhor conhecem.
Por que importa?
A IA é só um componente da solução total. O que realmente importa é a infraestrutura ou o 'elo' que conecta essa IA com o mundo real e com as necessidades práticas dos usuários.
Países mais ricos do mundo definem código de conduta em inteligência artificial
(Português, 3 min, texto)
Resumo:
O G7, grupo das nações mais ricas do mundo, assinou um acordo estabelecendo princípios para orientar empresas de tecnologia no desenvolvimento de IA. O acordo resulta de negociações iniciadas na Cúpula de Hiroshima, em maio. Os princípios abordam identificação, avaliação e mitigação de riscos, transparência, compartilhamento de informações e proteção de dados pessoais. O G7 também enfatiza que a IA não deve ser usada para minar valores democráticos ou ameaçar direitos humanos.
Por que importa?
A definição de um código de conduta para IA pelos países do G7 estabelece padrões internacionais para o desenvolvimento responsável dessa tecnologia. Isso garante que a IA seja desenvolvida e aplicada de maneira ética, transparente e segura. Além disso, ao estabelecer diretrizes claras, os países buscam prevenir abusos e garantir que a tecnologia beneficie a sociedade como um todo, respeitando direitos fundamentais.
11ª edição do Hackathon
https://hotsite.fiesp.com.br/hackathon/11/
(Português, texto)
Resumo:
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Universidade Zumbi dos Palmares realizaram o 11º Hackathon Desconstruindo o Racismo nas Relações Digitais. Durante o evento de 24 horas, 75 candidatos criaram soluções tecnológicas contra o racismo. Os três melhores projetos foram premiados, com destaque para a plataforma DJELI, focada na ancestralidade capilar dos negros.
Por que importa?
O evento destaca a importância de combater o racismo por meio da tecnologia. As soluções apresentadas visam promover a inclusão, a responsabilidade e a segurança nas relações digitais. Essas iniciativas reforçam o compromisso da sociedade em criar ambientes mais justos e igualitários.
Oportunidades
Conheça o OctoStudio, novo aplicativo de computação criativa
https://porvir.org/octostudio-novo-aplicativo-de-computacao-criativa/
(Português, 15 min, texto)
Resumo:
O Porvir entrevistou Natalie Rusk, pesquisadora do MIT Media Lab, que estará no Brasil para a Conferência Brasileira de Aprendizagem Criativa (CBAC), que ocorrerá em São João del Rey entre os dias 12 e 15 de novembro. Na Conferência, a pesquisadora apresentará e lançará o OctoStudio, novo aplicativo para ensino de computação, feito para uma interface móvel e que funciona off-line.
Por que importa?
O MIT Media Lab é uma referência na Aprendizagem Criativa e no ensino de Computação, tendo desenvolvido o Scratch, usado por milhões de crianças ao redor do mundo para dar seus primeiros passos em computação. Além disso, sua proximidade com a Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa, como ilustrado por Natalie na entrevista, traz um intercâmbio fundamental. Pesquisadores brasileiros como o Leo Burd se dedicaram em garantir que os aprendizados no MIT se traduzam em uma metodologia que pensa o contexto brasileiro e a cultura local. Um aplicativo com interface focada em mobile e que funciona off-line pode simplificar muito a entrada do ensino de programação em escolas brasileiras. A entrevista aprofunda-se, ainda, em tópicos práticos de como funciona a Aprendizagem Criativa em escolas no Brasil e no mundo.