📢MCV #27: Política de cotas

Toda semana realizamos uma curadoria dos principais temas que entendemos que podem contribuir para construir um Brasil mais justo e avançado.Feedbackssão sempre bem-vindos e, para isso, basta responder este e-mail com seus comentários.

No dia 13/11, terça-feira, foi promulgada a Lei nº 14.723/2023, que garante a reserva de vagas em universidades e institutos federais de Ensino Superior para pessoas pretas, pardas, indígenas e – agora – quilombolas e pessoas com deficiência. A lei é uma atualização da política de cotas e um passo crucial na correção dos níveis alarmantes de desigualdade no acesso ao Ensino Superior, combatendo as raízes do racismo e das disparidades sociais no Brasil.

Entre os avanços das atualizações da Lei de Cotas, estão a redução da renda familiar exigida nos critérios de reserva de vagas, a prioridade de alunos cotistas para receber auxílios estudantis, a inclusão de estudantes quilombolas e pessoas com deficiência, e um monitoramento anual da política de cotas.

Acreditamos que, além de sociais, as cotas para ingresso no Ensino Superior devem abordar o desafio racial presente na educação e na sociedade brasileira. Isso porque a profunda desigualdade econômica brasileira, sozinha, não explica a histórica e sistêmica desigualdade racial que vemos seguir se perpetuando. As evidências demonstram que o impacto do racismo nos mais diversos setores se acumulam e são explícitas em qualquer área – saúde, educação, segurança alimentar –, havendo prejuízos na trajetória da população negra, mesmo quando a comparação é feita com a população branca de mesmo nível socioeconômico.

Vale destacar que essa é uma conquista da luta histórica dos movimentos negros e estudantis, que há décadas mobiliza esforços para reduzir a desigualdade de acesso e permanência ao Ensino Superior.

Setor Público

Mata de São João é referência no processo de alfabetização na idade certa

https://revistametropolitana.com.br/noticia/40332/mata-de-sao-joao-e-referencia-no-processo-de-alfabetizacao-na-idade-certa

(Português, 3 min, texto)

Resumo:

O município Mata de São João, na Bahia, que conta com o respaldo do programa Educar Pra Valer, desenvolvido pela Associação Bem Comum com o apoio da Fundação Lemman, é referência no processo de alfabetização na idade certa.

Por que importa?

Ser alfabetizado na idade certa é um direito de todas as crianças brasileiras. Quando esse direito é negado, toda a trajetória escolar daquela pessoa é prejudicada. É importante reconhecer municípios que têm se comprometido com o tema, tanto para celebrar o trabalho realizado, como para ser fonte de inspiração a outros territórios.

Guia Prático para Mensurar o Empoderamento de Mulheres e Meninas em Avaliações de Impacto

https://www.povertyactionlab.org/pt-br/page/guia-pratico-para-mensurar-o-empoderamento-de-mulheres-e-meninas-em-avaliacoes-de-impacto

(Português, 3 min, texto)

Resumo:

O Guia Prático para Mensurar o Empoderamento de Mulheres e Meninas em Avaliações de Impacto, do J-PAL, é um recurso de pesquisa que reúne percepções das experiências da rede de pesquisadores afiliada ao J-PAL em todo o mundo. Ele oferece dicas práticas sobre como mensurar o empoderamento de mulheres e meninas em avaliações de impacto.

Por que importa?

À medida que aumenta o interesse em políticas públicas e programas sociais que apoiam o empoderamento das mulheres e meninas, muitas equipes de investigação estão tentando encontrar a melhor forma de mensurar o empoderamento em avaliações de impacto. Ferramentas como esta facilitam o trabalho de organizações de impacto social e qualificam os dados abertos disponíveis relacionados à temática de equidade de gênero.

Nova lei de cotas é sancionada pelo presidente Lula na manhã desta segunda

https://mundonegro.inf.br/nova-lei-de-cotas-e-sancionada-pelo-presidente-lula-na-manha-desta-segunda/

(Português, 4 min, texto)

Resumo:

Na manhã da segunda-feira (13/11), o presidente Lula sancionou a nova Lei de Cotas, que reserva vagas para estudantes pretos, pardos, indígenas, quilombolas, egressos de escolas públicas, oriundos de famílias com renda inferior a um salário-mínimo e meio per capita, e estudantes com deficiência. A lei foi aprovada no Senado em outubro e agora é prorrogada por mais dez anos. O texto traz mudanças como a inclusão de estudantes quilombolas e a redução da renda familiar per capita para um salário-mínimo. Além disso, os cotistas agora concorrem primeiro às vagas da ampla concorrência e, em seguida, às reservadas para cotas.

Por que importa?

A nova Lei de Cotas é um marco significativo na política educacional brasileira, representando um avanço na inclusão e na justiça social. Ela reconhece as desigualdades históricas e busca corrigi-las, oferecendo mais oportunidades para grupos historicamente marginalizados. A inclusão de estudantes quilombolas e a alteração na distribuição das vagas demonstram um esforço para tornar o acesso à educação superior mais equitativo. Além disso, a extensão da lei para a pós-graduação amplia seu alcance, promovendo a diversidade e a inclusão em níveis mais avançados de educação.

Oportunidades

Evento apresenta oportunidades de estudo no exterior para negros e indígenas

https://www.estadao.com.br/educacao/blog-da-tissen/evento-apresenta-oportunidades-de-estudo-no-exterior-para-negros-e-indigenas/

(Português, 2 min, texto)

Resumo:

O Encontro Alcance, evento organizado há quatro anos pela Fundação Lemann com o objetivo de compartilhar oportunidades e conhecimento sobre estudos no exterior para candidatos negros e indígenas, será realizado no dia 29 de novembro (quinta-feira), das 16h às 17h30 (horário de Brasília). Interessados poderão assistir à transmissão on-line no canal do YouTube da Fundação Lemann.

Por que importa?

“A Fundação Lemann, por meio da Iniciativa Alcance, reafirma seu compromisso em contribuir para que mais brasileiros negros e indígenas tenham a oportunidade de se desenvolver em seu pleno potencial e estejam preparados para atuar em espaços de produção de conhecimento de ponta, promovendo a equidade racial na formação de futuros líderes do país”, afirma Anna Laura Schmidt, diretora da frente de Lideranças da Fundação Lemann.

Inscreva-se na live “Educação antirracista: estratégias e práticas para sala de aula”

https://cursos.novaescola.org.br/cadastro-transmissoes/22

(Português, 2 min, texto)

Resumo:

A Nova Escola realizará no dia 22/11 (quarta-feira), às 19h (horário de Brasília), uma live sobre o tema “Educação antirracista: estratégias e práticas para sala de aula”. O evento, que contará com a participação da Lavini Castro e Gina Vieira, visa fomentar reflexões sobre como se tornar um educador antirracista.

Por que importa?

Pesquisas apontam que o ambiente escolar é um dos principais palcos da violência racial no Brasil, o que evidencia a urgência de se promover uma educação antirracista.

O Salto 1: é preciso falar sobre como escalar políticas e projetos educacionais no Brasil

https://www.sympla.com.br/evento/o-salto-1-e-preciso-falar-sobre-como-escalar-politicas-e-projetos-educacionais-no-brasil/2224297

(Português, 2 min, texto)

Resumo:

Cofundado por Claudia Costin e Rafael Parente, o Instituto Salto tem como missão acelerar as melhoras práticas da educação brasileira para promover um salto em qualidade, equidade e acesso. No dia 05/12 (terça-feira), o Instituto Salto realizará no Rio de Janeiro (RJ) o evento de lançamento da publicação “O Salto 1: é preciso falar sobre como escalar políticas e projetos educacionais no Brasil”.

Por que importa?

Escalar as melhores práticas de educação no contexto brasileiro é um desafio complexo. Tendo isso em vista, o evento se propõe a disseminar conhecimento prático e teórico sobre a escala de políticas e projetos educacionais no Brasil e contará com a participação de convidados nacionais e internacionais para compartilharem experiências e lições aprendidas.

Access Amazon

https://www.maisunidos.org/access_amazon/

(Português, 1 min, texto)

Resumo:

O Access Amazon é uma iniciativa da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, por meio do Escritório Regional de Ensino de Língua Inglesa (RELO), e conta com a implementação do Grupo +Unidos. O programa é voltado para o ensino da língua inglesa para indígenas, quilombolas, ribeirinhos e extrativistas, assim como profissionais negros e ativistas envolvidos com a sustentabilidade na região da Amazônia Legal. Serão disponibilizadas 125 vagas e 360 horas de aulas, em um curso gratuito e remoto, que acontecerá entre fevereiro de 2024 e junho de 2025.

Por que importa?

No Brasil, apenas 1% da população é fluente em inglês. Os brasileiros estão entre as populações com números mais baixos do mundo de pessoas que podem se comunicar em inglês. Segundo o British Council, só 5% da população consegue se comunicar e só 1% é fluente. Várias oportunidades acadêmicas, profissionais, de empreendedorismo e investimentos são facilitadas por reuniões e conversas que acontecem em inglês. Portanto, aprender inglês gera uma série de acessos a espaços anteriormente não ocupados por grupos sub-representados, como os públicos-alvo desta iniciativa.

Rio de Janeiro In-Person Information Session

https://apply.sipa.columbia.edu/portal/offcampusevents?id=3909d647-4b92-4446-9d4f-9ccdb0d31817

(Inglês, 1 min, texto)

Resumo:

A School of International and Public Affairs (SIPA), da Universidade de Columbia, fará uma sessão informativa presencial sobre os programas oferecidos. O evento acontecerá no dia 30/11 (quinta-feira), no Columbia Global Center do Rio, localizado na Rua Candelária, nº 9, no Centro.

Por que importa?

Conversar com representantes des programas e universidades de interesse no exterior é uma oportunidade de tirar dúvidas e adquirir mais conhecimento sobre os pré-requisitos, que podem servir de base para uma candidatura ainda mais completa e assertiva.

Sala de Aula

O Enem e o pensamento crítico

https://oglobo-globo-com.cdn.ampproject.org/c/s/oglobo.globo.com/google/amp/brasil/coluna/2023/11/o-enem-e-o-pensamento-critico.ghtml

(Português, 3 min, texto)

Resumo:

O texto oferece uma perspectiva crítica em relação às acusações de viés ideológico em determinadas questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O autor argumenta que o Ministério da Educação, ao não proporcionar aos candidatos uma ampla variedade de autores e perspectivas em temas complexos, cria uma vulnerabilidade que poderia ser evitada.

Por que importa?

O debate em torno da presença de viés ideológico no Enem tem sido central nas últimas semanas, considerando o papel crucial para o acesso ao Ensino Superior no Brasil. Discutir essa questão é fundamental para avaliar possíveis melhorias na prova e, inclusive, na abordagem educacional, especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento do pensamento crítico dos estudantes.

Pesquisa

Educação antirracista é desafio para professores, mostra pesquisa

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2023/11/14/educacao-antirracista-e-desafio-para-professores-mostra-pesquisa.ghtml

(Português, 3 min., texto)

Resumo:

Uma pesquisa inédita conduzida pela Associação Nova Escola destaca a prioridade teórica atribuída à luta contra o racismo nas escolas. No entanto, na prática, educadores enfrentam desafios, carecendo de técnicas eficazes para promover a educação antirracista e de materiais adequados para respaldar o conteúdo.

Por que importa?

Os resultados revelam que 70% dos educadores testemunharam atos racistas nas escolas nos últimos cinco anos, sendo que 55% consideram essas situações “muito presentes” em seus ambientes de trabalho. Esses dados reforçam a urgência de medidas concretas para a promoção da educação antirracista.

Tecnologia

Artificial Intelligence helps teens preserve Indigenous language in Brazil

https://reasonstobecheerful.world/artificial-intelligence-teens-indigenous-language-preservation-brazil/

(Português, 6 min., texto)

Resumo:

O projeto no Brasil usa inteligência artificial (IA) para ajudar jovens Guarani a preservar sua língua materna, Guarani Mbya. Utilizando um aplicativo que funciona como autocorreção, eles melhoram suas habilidades de escrita. O Guarani Mbya, falado por cerca de 17 mil pessoas, está em risco de desaparecimento. A iniciativa é parte de um esforço maior para usar a tecnologia na preservação de línguas indígenas. O projeto também visa desenvolver um chatbot móvel para facilitar o aprendizado.

Por que importa?

A preservação de línguas indígenas é crucial para manter a diversidade cultural e o conhecimento ancestral. O projeto empodera jovens indígenas, integrando-os à era digital enquanto mantêm suas tradições linguísticas. Ele também estabelece um modelo para como a tecnologia pode ser usada eticamente na preservação cultural. Além disso, contribui para a diversidade e a ética no campo da IA, incorporando línguas e perspectivas menos representadas. Esse esforço ajuda a garantir que línguas vulneráveis não sejam apenas preservadas, mas também valorizadas.

Prêmio Jabuti indica obra feita por inteligência artificial como melhor ilustração

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2023/11/premio-jabuti-indica-obra-feita-por-inteligencia-artificial-como-melhor-ilustracao.shtml

(Português, 2 min, texto)

Resumo:

O Prêmio Jabuti 2023 indicou uma obra ilustrada por inteligência artificial (IA) entre os semifinalistas para melhor ilustração. A edição de “Frankenstein”, publicada pelo Clube de Literatura Clássica e ilustrada por IA, é pioneira mundialmente. O designer Vicente Pessôa utilizou ferramentas de IA para criar cerca de 50 ilustrações para o livro.

Por que importa?

Essa indicação ao Prêmio Jabuti destaca a crescente influência da IA no campo das artes e da literatura. Representa um marco na integração da tecnologia na criação artística, desafiando as noções tradicionais de arte e autoria. Além disso, abre portas para novas formas de expressão artística e pode inspirar outros artistas a explorar o potencial da IA em suas obras.

“Maioria dos profissionais brasileiros já usa IA generativa”

https://valor.globo.com/carreira/noticia/2023/11/08/maioria-dos-profissionais-brasileiros-ja-usa-ia-generativa.ghtml

(Português, 3 min, texto)

Resumo:

A matéria destaca que 76% dos profissionais brasileiros já utilizam IA generativa no trabalho, superando a média global de 70%. O Brasil ocupa a quarta posição entre 23 países na adoção dessa tecnologia nos ambientes de trabalho, atrás apenas da Austrália, China e Suíça.

Por que importa?

Esse dado é significativo, pois reflete a rápida adoção e integração da IA generativa no mercado de trabalho brasileiro. Isso indica uma tendência crescente de digitalização e automação em diversos setores, potencialmente transformando práticas de trabalho e exigindo novas habilidades dos profissionais.

Philanthropies launch new initiative to ensure AI advances the public interest

https://www.fordfoundation.org/news-and-stories/news-and-press/news/philanthropies-launch-new-initiative-to-ensure-ai-advances-the-public-interest/

(Inglês, 2 mins, texto)

Resumo:

Dez grandes fundações filantrópicas lançaram uma iniciativa para garantir que a IA promova o interesse público, alinhando mais de 200 milhões de dólares em financiamento. A iniciativa, destacada pela vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, foca em áreas como proteção da democracia, inovação no interesse público, empoderamento dos trabalhadores, transparência e desenvolvimento de normas internacionais de IA.

Por que importa?

Essa iniciativa é crucial para assegurar que o desenvolvimento e a aplicação da IA sejam feitos de maneira responsável e equitativa. Ao focar em áreas-chave, como democracia e direitos dos trabalhadores, a iniciativa visa mitigar os danos potenciais da IA e garantir que seus benefícios sejam amplamente compartilhados.

OpenAI wants to work with organizations to build new AI training data sets

https://techcrunch.com/2023/11/09/openai-wants-to-work-with-organizations-to-build-new-ai-training-data-sets/?utm_source=tldrnewsletter

(Inglês, 2 min, texto)

Resumo:

A OpenAI anunciou um novo projeto chamado “Data Partnerships”, com o objetivo de colaborar com organizações externas para criar conjuntos de dados de treinamento de IA mais abrangentes e menos enviesados. Essa iniciativa surge em resposta aos problemas identificados nos conjuntos de dados atuais, que são predominantemente centrados nos Estados Unidos e no Ocidente e contêm linguagem tóxica e preconceitos. A OpenAI planeja coletar dados em grande escala, que refletem melhor a sociedade humana, incluindo dados que expressam intenções humanas em diferentes idiomas e formatos. A empresa também se compromete a trabalhar com organizações para digitalizar dados de treinamento, utilizando tecnologias como reconhecimento óptico de caracteres e reconhecimento automático de fala, ao mesmo tempo em que remove informações sensíveis ou pessoais.

Por que importa?

A iniciativa da OpenAI é significativa, pois aborda diretamente as limitações e os preconceitos presentes nos conjuntos de dados atuais usados para treinar modelos de IA. Ao buscar uma diversidade maior de dados, os modelos de IA podem se tornar mais representativos e precisos, refletindo uma gama mais ampla de experiências e perspectivas humanas. Isso não apenas melhora a qualidade e a utilidade dos modelos de IA em diferentes contextos, mas também promove a inclusão e a diversidade. Além disso, ao envolver organizações na coleta de dados e ser transparente sobre o processo, a OpenAI aborda preocupações éticas e legais relacionadas ao uso de dados. Essa abordagem pode levar a avanços significativos tanto em aplicações comerciais quanto em soluções para problemas sociais, tornando a IA mais acessível e benéfica para uma gama mais ampla de usuários.

Maximizando seu tempo com inteligência

https://www.linkedin.com/posts/franciscomellocastro_maximizando-seu-tempo-com-intelig%C3%AAncia-activity-7129833399669710850-Lb09

(Português, 3 min, texto)

Resumo:

Francisco Mello, gerente de Produtos da Vetor Brasil, compartilha algumas dicas para otimizar o uso do tempo com a ajuda da IA. Mello apresenta conselhos práticos sobre como ele tem aplicado IA em pesquisa, análise de dados, design e na melhoria da produtividade em geral.

Por que importa?

Com a enorme quantidade de novidades usando inteligência artificial emergindo diariamente, é fundamental compreender como a IA pode otimizar (ou não) seu processo de trabalho. Aumentar a eficiência e a produtividade só será efetivo se cada um de nós testar as ferramentas disponíveis e identificar quais são eficazes ou ineficazes para suas necessidades específicas.

Dead end chatbots: why chatbots aren't the future of Generative AI in Education

https://leonfurze.com/2023/11/08/dead-end-chatbots-why-chatbots-arent-the-future-of-generative-ai-in-education/

(Inglês, 2 min, texto)

Resumo:

O texto de Leon Furze traz uma visão crítica sobre chatbots de IA em educação. Em sua visão, ainda não há evidência suficiente de que eles funcionem, há o risco de vieses, limitações técnicas que podem gerar frustrações e os custos são altos, podendo aumentar a desigualdade. Para Furze, o futuro da IA em educação é a integração de uma série de ferramentas multimodais (texto, imagem, código) e não apenas um chatbot. Ao fim, ele apresenta uma série de recomendações para que o "hype" com essas ferramentas não vire uma forma de justificar uma redução na qualidade da formação de professores e de sua qualificação.

Por que importa?

Chatbots são ferramentas altamente impactantes. De fato, a sensação é de que se está conversando com alguém que entende o que se está passando, e isso pode nos tornar acríticos. O texto aponta uma série de questões que precisam ser analisadas. Enquanto acreditamos que essas ferramentas possuem enorme valor potencial, temos que monitorar, na prática, se estão gerando resultados e garantir que os professores sejam empoderados por ela e não substituídos. É uma tendência a monitorar nos próximos anos. As considerações também são fundamentais para quem quer empreender na área. Deve-se entender que não basta colocar uma “camada fina” em cima de modelos pré-prontos e, sim, que é importante trabalhar com a IA como um meio para fins pedagógicos concretos que respeitem a complexidade do ecossistema presente em uma instituição educacional.

Towards culturally sustaining design: Centering community’s voices for learning through Participatory Design

https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S2212868923000582

(Inglês, 3 min, texto)

Resumo:

O artigo de Fabio Campos, da Rede de Líderes, em coautoria com pesquisadores da Universidade da Califórnia Irvine aponta formas de trabalhar com Design Participatório, no qual os agentes que usufruirão das ferramentas participam de sua construção com a intenção de garantir que seus anseios e valores estejam refletidos. No caso em questão, famílias latinas de baixa renda participaram da construção de uma aplicação móvel com fins educacionais. A partir de experiências como essa, os pesquisadores almejam construir um framework para esse tipo de abordagem.

Por que importa?

Ao desenhar ferramentas que atendem a diferentes públicos em uma área como educação, na qual é impossível escapar da relevância dos valores de uma sociedade ou do que determinadas comunidades acham relevante, incorporar esses temas no desenho, desde a origem, pode levar a melhores resultados. A busca por frameworks práticos pode ajudar aqueles que têm por objetivo desenhar tais ferramentas.

Stanford Summit raises big questions on the future of learning in the Digital Age

https://acceleratelearning.stanford.edu/story/stanford-summit-raises-big-questions-on-the-future-of-learning-in-the-digital-age/?sf183757712=1

(Inglês, 2 min, texto)

Resumo:

O artigo resume os aprendizados das discussões organizadas pela Stanford Accelerator for Learning. As discussões giraram no entorno de temas como modos de engajar todos os participantes necessários para orientar a construção das ferramentas, como evitar o aumento de desigualdades e a integração entre pesquisa acadêmica e o desenvolvimento de soluções

Por que importa?

Stanford é uma instituição envolvida em uma série de pesquisas que tiveram impacto nos serviços e produtos que usamos cotidianamente. Essa aceleradora é focada especificamente em Educação e tem liderado discussões sobre IA generativa e seus potenciais impactos. Monitorar as discussões que estão acontecendo na academia nos ajuda a compreender as tendências.

Mark Zuckerberg got lost in Terra Mathematica

https://danmeyer.substack.com/p/mark-zuckerberg-got-lost-in-terra

(Inglês, 2 min, texto)

Resumo:

Nesse artigo de opinião, Dan Meyer destaca os erros que levaram a Chan Zuckerberg Initiative mudar a estratégia após uma aposta de 100 milhões de dólares em soluções de ensino personalizado. Ele aponta a falha em reconhecer a importância de conceitos matemáticos amplos e, especialmente,aspectos do aprendizado colaborativo, incluindo as trocas entre os próprios estudantes. Por fim, Meyer ressalta a necessidade de uma abordagem pedagógica que valorize a diversidade dos alunos e promova um entendimento mais completo da matemática.

Por que importa?

O artigo reflete um debate maior sobre como a educação, especialmente em matemática, deve ser estruturada. A crítica à Chan Zuckerberg Initiative destaca preocupações sobre abordagens de ensino que se concentram demais em tecnologia e avaliações padronizadas, negligenciando o desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico e a importância do aprendizado colaborativo. Isso afeta não apenas a qualidade da educação, mas também a capacidade de os alunos em aplicar conhecimentos matemáticos em contextos reais e de se envolverem de maneira significativa com o material de aprendizagem.

AI outperforms conventional weather forecasting for the first time: Google study

https://arstechnica.com/science/2023/11/ai-outperforms-conventional-weather-forecasting-for-the-first-time-google-study/

(Inglês, 3 min, texto)

Resumo:

Um estudo da revista Science revelou que o modelo de meteorologia com IA da Google DeepMind, chamado GraphCast, superou métodos convencionais de previsão do tempo. O GraphCast foi mais preciso em prever condições climáticas globais até 10 dias à frente, superando o sistema do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF) em 90% de 1.380 métricas, incluindo temperatura, pressão, velocidade e direção do vento, e umidade em diferentes níveis atmosféricos.

Por que importa?

Esse avanço é significativo, pois indica que as previsões do tempo podem se tornar muito mais precisas no futuro. Com a IA superando sistemas convencionais, as previsões podem ser realizadas com maior velocidade e menor custo, o que tem implicações importantes para planejamentos em diversos setores, desde agricultura até resposta a desastres naturais.

Catapulting Teachers into school leadership positions too soon comes with a cost

https://www.edsurge.com/news/2023-10-27-catapulting-teachers-into-school-leadership-positions-too-soon-comes-with-a-cost

(Inglês, 3 min, texto)

Resumo:

O artigo discute os possíveis riscos associados à promoção rápida de professores para cargos de liderança escolar antes de estarem preparados e sem suporte adequado. Dentre os riscos mencionados, estão o esgotamento mental desses profissionais e a possibilidade de causarem danos a si mesmos ou à comunidade escolar devido à falta de experiência.

Por que importa?

Frente aos perigos da promoção prematura de professores para funções de liderança, é crucial investir em soluções que ofereçam apoio a esses profissionais ao assumirem tais posições. O texto ressalta a importância de criar um ambiente de confiança entre os líderes escolares como uma medida para lidar com esses desafios.

What's really getting in the way of Teachers embracing Edtech

https://www.edsurge.com/news/2023-10-18-what-s-really-getting-in-the-way-of-teachers-embracing-edtech

(Inglês, 1 min, texto)

Resumo:

O artigo destaca a importância de apoiar os professores na adoção eficaz de tecnologia educacional, utilizando o exemplo da Amy Ballard, uma professora e orientadora com mais de duas décadas de experiência. Aborda a necessidade de alinhar as ferramentas tecnológicas aos objetivos de ensino, fornecer treinamento profissional abrangente e superar barreiras internas e externas para adoção de tecnologia.

Por que importa?

A incorporação estratégica da tecnologia na educação oferece benefícios significativos, mas apresenta desafios. Compreender as dificuldades que os professores enfrentam ao integrar a tecnologia no ensino é crucial para implementar ações eficazes.