📢MCV #53: Censo Escolar de 2023

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O Censo Escolar de 2023 revela possíveis avanços e desafios persistentes na educação brasileira. Com 47,3 milhões de matrículas em 178,5 mil escolas de Educação Básica, o Brasil enfrenta uma redução geral de matrículas na rede pública, um crescimento nas matrículas da rede privada e uma preocupante diminuição no número de professores concursados. Destaca-se o aumento nas matrículas da Educação Infantil e na Educação Profissional, mas há lacunas na implementação do tempo integral e na coleta de dados sobre essa modalidade. Os dados do Censo são fundamentais para embasar políticas educacionais mais eficazes e inclusivas, direcionando recursos de forma eficaz e promovendo a equidade no sistema educacional.

Sala de Aula

Racismo deve ser nomeado, encarado como problema e combatido em sala de aula

(Português, 8 min, texto)

Resumo

O artigo que conta com Dayse Oliveira, especialista pedagógica e integrante do Grupo de Trabalho por Equidade Racial da Nova Escola, aborda a necessidade de uma educação antirracista no Brasil, destacando que 7 em cada 10 professores já vivenciaram ou presenciaram situações de racismo nas escolas nos últimos 5 anos. A pesquisa revela que 73% dos atos de racismo vêm dos estudantes e que as vítimas mais afetadas são os próprios alunos, representando 81% dos afetados. Especialistas ressaltam a importância de reconhecer e combater o racismo nas instituições de ensino, bem como a necessidade de implementar ações concretas para enfrentar esse problema.

Por que importa?

A discussão sobre o racismo nas escolas evidencia a urgência de uma educação antirracista no Brasil. A pesquisa destaca a importância de reconhecer e combater atos de racismo, além de implementar a Lei nº 10.639, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena. É fundamental que professores sejam capacitados e apoiados para promover uma educação antirracista, envolvendo toda a comunidade escolar no combate ao racismo e na promoção da igualdade e respeito mútuo.

Desafios e avanços na Educação brasileira: análise do Censo Escolar 2023

(Português, 5 min, texto)

Resumo

O artigo aborda os desafios enfrentados pela educação brasileira, especialmente durante a pandemia de covid-19, e osinsightsrevelados pelos dados do Censo Escolar de 2023. São destacados avanços, como o aumento nas matrículas da Educação Infantil, mas também desafios, como a redução de professores concursados. A análise dos dados do Censo Escolar é fundamental para embasar políticas educacionais mais eficazes e alinhadas com as necessidades reais da educação no Brasil.

Por que importa?

Os dados do Censo Escolar 2023 fornecem informações essenciais para a tomada de decisões e para a elaboração de políticas educacionais mais eficazes. É crucial enfrentar os desafios, como a redução de professores concursados e a queda nas matrículas na rede pública, para garantir uma educação de qualidade e equidade para todos os estudantes no Brasil. A análise detalhada desses dados permite identificar áreas de melhoria e direcionar investimentos de forma estratégica para promover um sistema educacional mais inclusivo e eficiente.

Taxa de alfabetização atinge 93% da população brasileira, revela IBGE

(Português, 8 min, texto)

Resumo

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de alfabetização no Brasil atingiu 93% em 2022, com 151,5 milhões de pessoas com 15 anos ou mais sabendo ler e escrever. Esse percentual representa um aumento de quase 20 pontos percentuais em comparação com 1980. O Censo Demográfico 2022 mostrou que a taxa de analfabetismo foi de 7% da população, com 11,4 milhões de pessoas sem essa habilidade mínima. Mulheres apresentaram melhores indicadores educacionais do que homens, com uma taxa de alfabetização de 93,5% em 2022, enquanto a dos homens foi de 92,5%. A Região Sul foi a que manteve a maior taxa de alfabetização, seguida pela Região Sudeste.

Por que importa?

O aumento da taxa de alfabetização no Brasil ao longo das décadas reflete a expansão educacional e a transição demográfica do país. A redução do analfabetismo em todas as faixas etárias é um reflexo dos investimentos em educação e programas de alfabetização. A diferença de taxa de analfabetismo entre diferentes grupos étnicos e de gênero também foi observada, com pessoas de cor ou raça branca e amarela apresentando taxas menores em comparação com pretos, pardos e indígenas. O desafio agora é manter e expandir esses avanços na educação para garantir um futuro mais igualitário e educado para todos os brasileiros.

Setor Público

Inep apresenta nova plataforma de acesso a dados educacionais

(Português, 2 min, texto)

Resumo

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) lançou uma nova plataforma de acesso a dados educacionais, em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). A iniciativa visa ampliar as possibilidades de pesquisa sem comprometer a privacidade e a identidade dos envolvidos, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). A plataforma passará por uma fase de testes antes de ser disponibilizada para pesquisadores, instituições e cidadãos em geral.

Por que importa?

A nova plataforma do Inep tem como objetivo facilitar o acesso aos dados educacionais produzidos pelo Instituto, mantendo a segurança e a proteção da privacidade dos indivíduos. Com a reformulação da estrutura de consolidação de dados, incluindo microdados e sinopses estatísticas, gestores, pesquisadores e instituições poderão realizar análises e tabulações para subsidiar diagnósticos, estudos e pesquisas educacionais. A divulgação de informações detalhadas e estatísticas permitirá um melhor acompanhamento e compreensão do desempenho educacional no país.

Tecnologia

Fundação Lemann promove imersão em inteligência artificial para lideranças

(Português, 9 min, texto)

Resumo

A Fundação Lemann está realizando o #AITechTour, que faz parte de uma trilha de aprendizagem em inteligência artificial (IA) para as lideranças do ecossistema da Fundação e parceiros. O objetivo é explorar como ferramentas de inovação podem gerar impacto social positivo, além de discutir o potencial de utilizar tecnologias inovadoras como facilitadoras em diferentes áreas da sociedade. Durante a imersão, serão analisadas as práticas de organizações estrangeiras que utilizam IA e como essas tecnologias podem ser implementadas no contexto brasileiro.

Por que importa?

A iniciativa da Fundação Lemann visa promover a troca de conhecimento e a discussão sobre o uso da Inteligência Artificial como uma ferramenta para impulsionar mudanças positivas na sociedade. A parceria com organizações como Associação Bem Comum, Instituto Reúna, Centro Lemann, MegaEdu, Motriz e Associação Nova Escola reforça o compromisso com a inovação e o impacto social. A imersão no tema da IA é essencial para entender como essa tecnologia pode ser aplicada de forma eficaz e ética para beneficiar a sociedade brasileira.

Seminário IA em Educação e Cultura: estratégias para combater desigualdades

(Português, 1 min, texto)

Resumo

O seminário abordará o potencial da inteligência artificial (IA) como uma ferramenta para impulsionar a inovação e ampliar perspectivas nos campos das artes, cultura e educação. Serão discutidos temas como os diferentes tipos de inteligência artificial, ética, governança, direitos e a importância da IA como um bem público no combate às desigualdades. O evento acontecerá nos dias 28 e 29 de maio, das 15h às 18h30, no Itaú Cultural, em São Paulo.

Por que importa?

A participação no seminário está sujeita à lotação da sala e os participantes são encorajados a chegar com antecedência. A programação inclui mesas de discussão com especialistas renomados, abordando questões fundamentais sobre a aplicação da inteligência artificial nos mais diversos contextos. O evento promete ser uma jornada de descoberta e compartilhamento de conhecimentos sobre a IA e seus impactos na sociedade.

MEC cria Política Nacional de Equidade na Educação

(Português, 3 min, texto)

Resumo

O Ministério da Educação (MEC) instituiu a Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-raciais e Educação Escolar Quilombola (PNEERQ) com o objetivo de promover ações e programas educacionais voltados para a superação das desigualdades étnico-raciais na educação brasileira e para a promoção da política educacional para a população quilombola. A iniciativa, que prevê um investimento de R$ 1,5 bilhão até 2027, visa impactar 5.570 municípios das 27 unidades federativas do país, com ações universalistas e focalizadas em redes com maiores desigualdades.

Por que importa?

A PNEERQ está estruturada em sete eixos que abrangem governança, diagnóstico e monitoramento da implementação da Lei nº 10.639/2003, formação de gestores escolares e professores, material didático e literário, protocolos de prevenção e resposta ao racismo no ambiente educacional, afirmação das trajetórias negras e quilombolas, e difusão de saberes. A política busca fortalecer a educação para as relações étnico-raciais e a educação escolar quilombola, promovendo a equidade e o respeito à diversidade na educação brasileira.

10 mulheres africanas inspiradoras pesquisadoras de IA

(Português, 12 min, texto)

Resumo

Opostdestaca 10 mulheres africanas pesquisadoras de IA, incluindo Abeba Birhane, Timnit Gebru, Deborah Raji, Rediet Abebe, Adji Bousso Dieng, Oghenemaro Anuyah, Prof. Anicia Peters, Simret Araya Gebreegziabher, Aderonke Sakpere e Hajar Mousannif. Essas mulheres têm contribuído significativamente para a pesquisa em inteligência artificial (IA), ética, viés algorítmico e responsabilidade em IA, além de liderarem iniciativas e programas importantes no campo da tecnologia.

Por que importa?

A presença e o trabalho dessas mulheres na área de IA são fundamentais para promover a diversidade, a inclusão e a inovação no campo da tecnologia. Seus esforços contribuem para ampliar a representatividade feminina e africana em um setor historicamente dominado por homens e por regiões mais desenvolvidas. Além disso, seus estudos e suas pesquisas têm impacto direto na ética, no viés algorítmico e na responsabilidade social da inteligência artificial, promovendo um debate mais inclusivo e consciente sobre o futuro da tecnologia.

Google apresenta LearnLM: uma nova família de modelos para aprendizado

(Inglês, 6 min, texto)

Resumo

O artigo destaca o lançamento do LearnLM, uma nova família de modelos desenvolvida pela Google para aprimorar experiências de ensino e aprendizado. Baseado em pesquisas educacionais, o LearnLM busca tornar as experiências de aprendizagem mais ativas, pessoais e envolventes. A iniciativa envolve a colaboração entre Google DeepMind, Google Research e equipes de produto, com o objetivo de melhorar a inteligência artificial generativa para a educação.

  • Por que importa?
  • O LearnLM incorpora princípios da ciência da aprendizagem, como a promoção da aprendizagem ativa, a gestão da carga cognitiva, a adaptação ao aluno, o estímulo à curiosidade e o aprofundamento da metacognição. Além disso, a Google pretende integrar o LearnLM em produtos como Search, YouTube e Gemini, oferecendo recursos que vão além de simples respostas, auxiliando os usuários a aprofundar seu entendimento sobre diversos temas. A empresa também planeja aplicar o LearnLM para desenvolver experiências de inteligência artificial generativa nas escolas, visando simplificar e melhorar o planejamento de aulas para os educadores.

Google adiciona Gemini à sua suíte de Educação

(Inglês, 8 min, texto)

  • Resumo
  • A Google introduziu uma série de novos produtos relacionados ao Gemini em sua conferência para desenvolvedores Google I/O. Sua suíte de Educação também está recebendo um impulso de IA. A empresa está lançando um complemento Gemini para instituições educacionais por meio do Google Workspace. Há um plano base chamado Gemini Education, disponível em inglês para educadores e alunos acima de 18 anos, que permite aos usuários acessar o Gemini em Docs, Sheets, Slides e Meet, e conversar com a IA. Além disso, há o Gemini Education Premium, que, além de tudo no plano base, oferece recursos como anotações e resumos com IA no Meet, assim como prevenção de perda de dados. A empresa afirmou que o plano base tem um preço de US$ 24 por mês (cerca de R$ 124,00) ou US$ 192 por ano (cerca de R$ 988,00) por usuário. O planopremiumcusta US$ 36 por mês (aproximadamente R$ 185,00) ou US$ 288 por ano (em torno de R$ 1.480,00) por usuário. Estudantes acima de 18 anos em instituições educacionais podem utilizar o Gemini gratuitamente sem nenhum desses planos.
  • Por que importa?
  • O Gemini traz novos recursos focados na educação, permitindo que a IA explique tópicos passo a passo, ajude os alunos a praticar o material que estão aprendendo e acesse dados de fontes como os livros didáticos OpenStax, da Rice University. Educadores e instrutores podem usar o Gemini para criar modelos de planos de aula, diferenciar o conteúdo para atender aos alunos, resumir pesquisas, personalizarfeedbacke muito mais. Durante o Google I/O, a empresa também lançou o LearnLM, um novo conjunto de modelos de IA generativa voltados para o setor educacional. A Google afirmou que o LearnLM já está presente em produtos como YouTube, os aplicativos Gemini da Google, Google Search e Google Classroom. Além disso, a empresa disse que está adicionando questionários com IA a vídeos acadêmicos no YouTube.

Impacto da inteligência artificial na educação: desafios e oportunidades

(Inglês, 9 min, texto)

  • Resumo
  • O artigo discute o impacto da inteligência artificial na educação, com destaque para os avanços feitos por Google e OpenAI em tutoria por IA. O autor, um professor, expressa uma mistura de emoções ao considerar o potencial e os desafios dessa tecnologia. Ele aborda questões como a gestão do tempo em sala de aula, a evolução do papel dos professores e a necessidade de adaptação diante das mudanças tecnológicas. O texto também destaca a importância da formação contínua dos professores e a necessidade de um diálogo aberto sobre as implicações da IA na educação.
  • Por que importa?
  • O autor reflete sobre a necessidade de os educadores se adaptarem às novas tecnologias, ao mesmo tempo em que preservam a essência do papel do professor na construção de relacionamentos significativos com os alunos. Ele ressalta a importância de não reduzir o ensino à mera transmissão de conteúdo, e destaca a necessidade de repensar a forma como a educação é entregue. O artigo termina com um apelo para que a comunidade educacional lidere ativamente a discussão sobre o futuro da educação em um cenário cada vez mais influenciado pela inteligência artificial.

Implementação de políticas públicas personalizadas com o uso de aprendizado de máquina
(Português, 11 min, texto)

Resumo

Natalia Demartino discute como o aprendizado de máquina pode revolucionar a implementação de políticas públicas, superando limitações tradicionais e abrindo caminho para uma era de políticas personalizadas e de alto impacto. Algoritmos inteligentes podem analisar grandes conjuntos de dados, identificar padrões e prever quais indivíduos se beneficiariam mais de determinadas políticas, permitindo uma abordagem mais eficaz e direcionada.

Por que importa?

A capacidade de implementar políticas personalizadas com base em análises de dados detalhadas pode melhorar significativamente a eficácia e a eficiência dos programas governamentais. Ao prever resultados, ajustar políticas em tempo real e direcionar esforços para grupos específicos, o aprendizado de máquina pode ajudar a otimizar o uso de recursos e melhorar o impacto das intervenções. Investir em pesquisa, formação de profissionais e infraestrutura de dados é essencial para impulsionar essa transformação e posicionar o Brasil como líder em inovação em políticas públicas.

Explorando a tecnologia de IA generativa com o Gemini para recomendar filmes e séries da Netflix

(Inglês, 7 min, texto)

  • Resumo
  • A autora Laura Damaceno compartilha sua experiência ao explorar a tecnologia de IA generativa do Google, chamada Gemini, para recomendar filmes e séries da Netflix. Ela destaca a facilidade proporcionada pelo Gemini na manipulação de dados textuais, permitindo criar um assistente virtual chamado Geminiflix, para ajudar os usuários a escolher o entretenimento ideal.
  • Por que importa?
  • O projeto envolveu o uso de linguagem de programação Python e bibliotecas como Matplotlib, Pandas, Numpy e Seaborn. A base de dados utilizada foi um catálogo de filmes e séries da Netflix, disponível no Kaggle. A autora descreveu a arquitetura do GeminiFlix, que utilizaembeddingspara representar os textos de forma numérica e encontrar conteúdos similares com base nas consultas dos usuários. A autora também menciona a possibilidade de aprimorar a saída da IA com modelos generativos do Gemini para gerar textos mais refinados e criativos.

Regulação da inteligência artificial na Coreia do Sul

(Português, 14 min, texto)

  • Resumo
  • A Coreia do Sul tem se destacado na regulação da inteligência artificial, com investimentos significativos e abordagens inovadoras. Desde 2019, o país vem adotando medidas como a Estratégia Nacional para IA, emendas em legislações de proteção de dados, diretrizes específicas para proteção de dados em sistemas de IA e endosso de declarações internacionais sobre armas autônomas letais. O país sediou o AI Seoul Summit, no qual empresas de tecnologia assumiram compromissos relacionados à segurança da IA. As ações sul-coreanas incluem avaliação de riscos, definição de limites para riscos intoleráveis, revisão contínua das estruturas de governança e envolvimento de atores externos no processo de avaliação de riscos. O país também investirá US$ 7 bilhões (o equivalente a R$ 36 bilhões) em semicondutores até 2027, um setor crucial para a IA.
  • Por que importa?
  • A abordagem da Coreia do Sul na regulação da IA destaca a importância de avaliar riscos, estabelecer limites para riscos intoleráveis, revisar constantemente as estruturas de governança e envolver diferentes atores no processo. Os investimentos significativos e as parcerias com empresas de tecnologia demonstram o compromisso do país com a segurança e a ética na utilização da inteligência artificial. Essas iniciativas podem servir de exemplo para outros países que buscam regular a IA, de forma eficaz e responsável, garantindo benefícios para a sociedade e minimizando potenciais riscos.