📢MCV #65: Ideb e EdTech
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O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023 mostrou avanços nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, mas evidenciou uma estagnação preocupante nos Anos Finais e no Ensino Médio no Brasil. Daniela Caldeirinha, vice-presidente da Fundação Lemann, destacou o “efeito cascata” na transição entre o Ensino Fundamental I e II, em que a troca frequente de professores pode causar defasagens significativas ao ingressar no Ensino Médio. A falta de estratégias eficazes, como reforço escolar e tutoria, agrava o problema. A situação do Ideb reflete a urgência de reformas educacionais para um sistema mais eficaz e inclusivo.
Guilherme Cintra, diretor de Inovação e Tecnologia da Fundação Lemann, criou o site “EdTech da Semana” para compartilhar suas análises sobre o setor de EdTechs. No site, ele organiza seu raciocínio e mantém uma listagem atualizada de 58 empresas, com postagens semanais que destacam as principais verticais e tendências do setor. Dada a rápida evolução das tecnologias educacionais, especialmente com o avanço da IA generativa, o site se torna uma ferramenta valiosa para quem busca implementar, investir ou desenvolver novas soluções em EdTech.
Sala de Aula
Dificuldades na transição do Ensino Básico são evidenciadas pelo Ideb
(Português, 4 min, texto)
Resumo
O artigo de Mayara Souto discute as dificuldades na transição do Ensino Básico, especialmente da fase do Ensino Fundamental I para o II, e como isso impacta negativamente os índices educacionais, conforme revelado pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A vice-presidente da Fundação Lemann, Daniela Caldeirinha, enfatiza que a transição entre os diferentes níveis de ensino é desafiadora para as crianças e resulta em uma defasagem de aprendizagem que se acumula ao longo dos anos. A melhoria nos Anos Iniciais do Fundamental contrasta com a estagnação nos Anos Finais e no Ensino Médio, evidenciando a necessidade de estratégias educacionais mais eficazes.
Por que importa?
A discussão sobre a transição no Ensino Básico e seus impactos no desempenho educacional é relevante porque reflete a realidade de muitos estudantes no Brasil, que enfrentam dificuldades de adaptação e aprendizagem ao mudar de etapa escolar. A falta de um modelo educacional eficiente nessa transição pode resultar em baixos índices de aprendizagem, como visto no Ideb. A pandemia agravou essa situação, sublinhando a importância de abordagens educacionais que considerem as necessidades específicas dos estudantes e garantam uma progressão adequada ao longo da escolaridade.
Painel de Indicadores da Educação Especial do IRM é atualizado com dados do Censo Escolar 2023
(Português, 5 min, texto)
Resumo
O Painel de Indicadores da Educação Especial do Instituto Rodrigo Mendes (IRM) foi atualizado com os dados mais recentes do Censo Escolar 2023. Os dados revelam avanços significativos na inclusão de alunos da Educação Especial em classes comuns nos últimos 15 anos, mas também destacam desafios persistentes, como a falta de recursos de acessibilidade, a segregação ainda existente e a insuficiente formação continuada dos professores. Em 2023, o número de matrículas na Educação Especial chegou a 1,8 milhão, representando 3,7% das matrículas da Educação Básica. Houve aumento significativo na inclusão de alunos em classes comuns, passando de 60,5% em 2009 para 91,3% em 2023. No entanto, 154 mil crianças e jovens ainda estão em classes especiais ou escolas especializadas. Além disso, uma em cada quatro escolas não possui nenhum recurso de acessibilidade, e apenas 6,1% dos professores possuem formação continuada específica em Educação Especial.
Por que importa?
A atualização do Painel de Indicadores da Educação Especial é crucial para entender o progresso e os desafios na inclusão de alunos com necessidades especiais no sistema educacional brasileiro. Os dados fornecem uma base sólida para a formulação de políticas públicas mais eficazes e inclusivas. A inclusão escolar é um direito fundamental e um passo importante para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. O painel também destaca a necessidade urgente de investimentos em recursos de acessibilidade e formação continuada para professores, essenciais para garantir uma educação de qualidade e inclusiva para todos os alunos.
Fies terá cotas pela primeira vez e inscrições abrem nesta quinta (22)
(Português, 5 min, texto)
Resumo
As inscrições para o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) do segundo semestre de 2024 foram abertas no dia 22 de agosto. Esta edição do programa será a primeira a ter reserva de vagas para candidatos pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. O Fies, gerido pelo Ministério da Educação, financia estudantes de cursos de graduação em instituições privadas. O edital com as regras do processo seletivo foi divulgado, e as inscrições vão até 27 de agosto. Além das cotas, há também o Fies Social, que destina metade das vagas para alunos de baixa renda.
Por que importa?
A inclusão de cotas no Fies representa um avanço na promoção da equidade e da diversidade no Ensino Superior. Ao reservar vagas para grupos historicamente sub-representados, o programa busca ampliar o acesso à educação para comunidades que enfrentam barreiras econômicas e sociais. Isso não apenas beneficia diretamente os estudantes, como também enriquece o ambiente acadêmico ao promover a inclusão de diferentes perspectivas e experiências.
MEC destina mais recursos diretamente às escolas
(Português, 8 min, texto)
Resumo
O Ministério da Educação (MEC) anunciou novas resoluções para ampliar os investimentos em escolas públicas por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), nas modalidades Programa Escola e Comunidade (Proec) e Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Equidade. O Proec visa fomentar a parceria entre escola, família e comunidade, promovendo a cidadania, cultura de paz e democracia. Já o PDDE Equidade busca melhorar a infraestrutura e as condições pedagógicas, com foco na promoção da diversidade e superação das desigualdades educacionais.
Por que importa?
Essas novas resoluções são importantes porque visam melhorar a qualidade da educação pública no Brasil, promovendo uma abordagem integral que envolve a comunidade escolar e a família. Além disso, o foco na equidade e diversidade busca garantir que todos os estudantes, independentemente de sua origem ou condição social, tenham acesso a uma educação de qualidade. Esse investimento é essencial para enfrentar as desigualdades educacionais e promover um ambiente escolar mais inclusivo e justo.
Como avaliar competências digitais dos estudantes?
(Português, 9 min, texto)
Resumo
O artigo aborda o seminário “Avaliação de competências digitais de estudantes: pensando um modelo para o Brasil”, realizado em Brasília, que discutiu a inclusão das competências digitais na avaliação do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) em 2025. Especialistas e secretarias de Educação debateram a metodologia e como essa avaliação deve se refletir nas escolas brasileiras. A avaliação do PISA 2025 terá duas partes principais: processos autorregulados de aprendizagem e práticas de solução de problemas computacionais. Além disso, o artigo destaca a importância da inclusão digital e social no Brasil e a necessidade de medir a qualidade do acesso à tecnologia.
Por que importa?
O tema é relevante porque a inclusão das competências digitais na avaliação do PISA reflete a necessidade crescente de preparar os estudantes para um mundo cada vez mais digitalizado. Avaliar essas competências ajuda a garantir que os alunos desenvolvam habilidades essenciais para o aprendizado contínuo e para o mercado de trabalho. Além disso, enfrentar a falta de inclusão digital é crucial para promover a equidade e a participação ativa de todos os indivíduos na sociedade.
Brasil tem 3,5 vezes mais alunos com deficiência do que indicam dados oficiais, diz pesquisa
(Português, 9 min, texto)
Resumo
Uma nova pesquisa realizada pela Equidade.info, em parceria com a Universidade de Stanford e a Fundação Itaú, revelou que o número de estudantes com deficiências na educação básica no Brasil é significativamente maior do que o registrado pelo Censo Escolar. Enquanto o Censo aponta que 3,7% dos alunos têm algum tipo de deficiência, a pesquisa indica que esse número é de 12,8%. Isso significa que aproximadamente 4,3 milhões de crianças e jovens com deficiências não são contabilizados nas políticas públicas de educação especial e inclusiva. A pesquisa entrevistou alunos, professores e gestores escolares e identificou que muitos alunos com dificuldades de aprendizagem não possuem laudos médicos, o que contribui para a subnotificação.
Por que importa?
A subnotificação de alunos com deficiências tem sérias implicações para a formulação e implementação de políticas públicas de educação inclusiva. Sem dados precisos, é difícil planejar e alocar recursos adequadamente, o que pode resultar em falta de apoio especializado e infraestrutura inadequada para esses alunos. A pesquisa destaca a necessidade de uma abordagem mais abrangente e social para identificar e atender às demandas dos estudantes, garantindo que todos tenham acesso a uma educação de qualidade.
Oportunidades
Prêmio Professor Porvir 2024: celebrando a inovação na Educação brasileira
(Português, 2 min, texto)
Resumo
Estão abertas as inscrições para a 2ª edição do Prêmio Professor Porvir, que celebra práticas pedagógicas inovadoras e impactantes na educação brasileira. Professores de escolas públicas e privadas de todo o país, que tenham implementado projetos criativos nos anos letivos de 2023 e 2024, podem participar. Os projetos serão avaliados com base em critérios como inovação, criatividade, integração com o currículo, potencial de adaptação, impacto nos estudantes e promoção de equidade. Os vencedores terão suas práticas publicadas em ume-booke participarão de um evento em São Paulo, com todas as despesas pagas.
Por que importa?
A premiação é uma excelente oportunidade para reconhecer e divulgar práticas pedagógicas que estão fazendo a diferença na educação brasileira. Além de fornecer uma plataforma para que educadores compartilhem suas experiências e inspirem outros professores, o prêmio também promove a valorização do trabalho docente e incentiva a inovação no ensino. Isso é especialmente importante em um momento em que a educação enfrenta inúmeros desafios e a criatividade e a inovação são essenciais para melhorar a aprendizagem e promover a equidade.
Programa Mover Hello 2024: acelerando carreiras de pessoas negras
(Português, 2 min, texto)
Resumo
O Programa Mover Hello é uma iniciativa conjunta entre o Movimento pela Equidade Racial (Mover) e a EF Education First, destinada a pessoas autodeclaradas negras (pretas ou pardas) que buscam acelerar suas carreiras ou ingressar no mercado de trabalho. O programa é totalmente on-line e gratuito, oferecendo acesso ilimitado à escola on-line EF English Live por 12 meses. Os participantes terão acesso a mais de 3.000 horas de conteúdo interativo, abrangendo inglês geral, técnico e de negócios, disponível 24 horas por dia. Não há restrição de idade, e os candidatos serão direcionados para o nível mais adequado à sua proficiência em inglês.
Por que importa?
Esse programa é relevante porque promove a inclusão e equidade racial, oferecendo oportunidades de desenvolvimento profissional e educacional para pessoas negras, um grupo historicamente marginalizado no mercado de trabalho. A habilidade em inglês é uma competência valorizada globalmente, e o acesso gratuito a uma plataforma de aprendizado de alta qualidade pode abrir portas para novas oportunidades de emprego e crescimento profissional.
Pesquisa.
Construindo modelos de linguagem para o setor social: pontos de dor emergentes
(Inglês, 7 min, texto)
Resumo
O artigo discute os desafios e as oportunidades de adotar modelos de linguagem de grande porte (LLMs) no setor social, destacando um sprint de dois dias em Bangalore, Índia, organizado pela The Agency Fund e Project Tech4Dev. Mais de uma dúzia de organizações participaram para compartilhar experiências e resolver problemas técnicos e de missão. As principais dificuldades incluem adaptar os LLMs às necessidades dos usuários, reduzir ‘alucinações’ (respostas incorretas), suportar idiomas com poucos recursos, e manter a confiança e o engajamento dos usuários. O evento também abordou questões de monitoramento de desempenho, multilinguismo e avaliação de LLMs.
Por que importa?
O uso de LLMs no setor social é relevante porque essas tecnologias têm o potencial de transformar a maneira como organizações sociais operam, permitindo maior eficiência e impacto. As ferramentas de inteligência artificial podem ajudar a capacitar comunidades desfavorecidas, oferecendo-lhes mais controle sobre suas vidas e decisões informadas. No entanto, a implementação eficaz dessas tecnologias exige a superação de vários desafios técnicos e contextuais. Ao abordar esses pontos de dor emergentes, as organizações podem melhorar significativamente seus serviços e resultados, promovendo um ecossistema digital mais inclusivo e equitativo.
Tecnologia
(Português, a seu tempo, site)
Resumo
O diretor de Inovação e Tecnologia da Fundação Lemann, Guilherme Cintra, organizou neste site seu processo de raciocínio sobre análise de EdTechs e uma listagem que conta atualmente com 58 empresas. Semanalmente faz novas postagens sobre o tema e organiza os links para que seja mais fácil acompanhar verticais e tendências do setor
Por que importa?
As tecnologias educacionais têm se desenvolvido rapidamente, principalmente com o advento da IA generativa. Esse site ajuda a acompanhar o tema, podendo apoiar quem deseja implementar, investir ou criar novas soluções.
A inteligência artificial e seu impacto na educação: desafios e oportunidades
(Português, 9 min, texto)
Resumo
O artigo discute a evolução e a interdisciplinaridade da inteligência artificial (IA) desde suas origens até sua aplicação atual em diversas áreas, incluindo a educação. Aborda a importância da IA no aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem e destaca os desafios e as oportunidades que surgem com sua integração. AOrganização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) tem orientado governos e sistemas educacionais no uso adequado da IA, mas o Brasil ainda está atrasado em relação a outros países. O documento também enfatiza a necessidade de formação contínua de educadores e investimentos em tecnologia para garantir uma educação de qualidade e equitativa.
Por que importa?
A relevância do assunto reside no potencial da IA para transformar a educação, personalizando a aprendizagem e automatizando tarefas administrativas. No entanto, a falta de políticas públicas adequadas e a desigualdade socioeconômica no Brasil representam grandes desafios. A formação de educadores e o investimento em infraestrutura tecnológica são essenciais para preparar as escolas para a era da IA e promover uma educação inovadora e centrada no aluno. Esse debate é necessário para garantir que a IA seja utilizada de forma ética e responsável, preparando os alunos para um mundo cada vez mais tecnológico.
“Inovação na IA seguirá melhor com regulação”, diz pesquisadora
(Português, 11 min, texto)
Resumo
Na entrevista, Fernanda Rodrigues, coordenadora de pesquisa do Instituto de Referência em Internet e Sociedade, de Belo Horizonte (IRIS-BH), discute a importância da regulação para a inovação em inteligência artificial (IA). Ela argumenta que uma regulação bem construída pode impulsionar a inovação e destaca a necessidade de preparar estudantes e educadores para lidar com a IA. Fernanda também defende o avanço do Projeto de Lei nº 2.338/2023, conhecido como “PL da IA”, que visa regular o uso da IA no Brasil, especialmente no campo da educação.
Por que importa?
A regulação da IA é crucial para garantir que a tecnologia seja utilizada de maneira ética e segura, evitando discriminação e outros impactos negativos. No contexto educacional, a regulação pode ajudar a maximizar os benefícios da IA enquanto minimiza os riscos, garantindo que professores e alunos estejam preparados para usar essas ferramentas de forma crítica e informada. A discussão sobre a regulação da IA também é relevante para manter o Brasil competitivo no cenário global de inovação tecnológica.
Tecnologia e desigualdades raciais no Brasil
(Português, 5 min, texto)
Resumo
O artigo de Catherine Rojas Merchan, gerente de Estudos e Coalizões da Fundação Telefônica Vivo, explora como a tecnologia, se não integrada adequadamente ao ensino, pode perpetuar disparidades de aprendizagem, especialmente na dimensão racial. A pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos Raciais do Insper e pela Fundação Telefônica Vivo revela que a exposição à tecnologia no 5º ano do Ensino Fundamental está associada a melhores notas em Matemática. No entanto, alunos negros ainda apresentam desempenho inferior em comparação a alunos brancos, mesmo com igual nível de exposição tecnológica. A Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec) é destacada como crucial para superar desafios de conectividade e adoção de tecnologia na educação, mas sua eficácia depende de um olhar atento às disparidades raciais. O estudo também mostra que, apesar do aumento da participação de negros no Ensino Superior, persistem desigualdades em termos de representatividade, especialmente em carreiras STEM (sigla que corresponde às carreiras em Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).
Por que importa?
A relevância do tema reside no fato de que a tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa para a inclusão e melhoria da educação, mas, se mal implementada, pode reforçar desigualdades existentes. Compreender a relação entre tecnologia e desigualdades raciais é essencial para a formulação de políticas públicas que promovam a igualdade de oportunidades. Além disso, o estudo destaca a importância de monitorar continuamente o acesso e o uso da tecnologia na educação para garantir que todos os estudantes, independentemente de sua raça ou região de origem, possam se desenvolver plenamente. A inclusão de estudantes negros em áreas valorizadas como STEM é crucial para reduzir disparidades salariais e promover a justiça social.
(Inglês, a seu tempo, site)
Resumo
A Tactical Tech, uma organização sem fins lucrativos com sede em Berlim, trabalha desde 2003 com uma rede global de parceiros para criar experiências, intervenções, eventos e recursos educacionais que incentivam as pessoas a pensar sobre a influência da tecnologia em suas vidas. A organização promove a alfabetização digital, a construção de capacidades e o avanço do conhecimento especializado, colaborando com diversas instituições e comunidades ao redor do mundo para criar um impacto sustentável.
Por que importa?
A reflexão crítica sobre a tecnologia é fundamental em um mundo cada vez mais orientado por dados. As tecnologias digitais têm um impacto profundo na maneira como nos informamos e tomamos decisões, o que pode ter consequências significativas para a sociedade. Ao promover a alfabetização digital e a construção de capacidades, a Tactical Tech capacita comunidades e indivíduos a enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades de um mundo digital, contribuindo para uma transformação digital mais resiliente e sustentável.
No divã com IA: os jovens que fazem terapia com bots de inteligência artificial
(Português, 8 min, texto)
Resumo
O artigo aborda o crescente uso de chatbots de inteligência artificial para terapia entre jovens, destacando a popularidade da plataforma Character.ai. A plataforma permite a criação de bots baseados em personagens reais ou fictícios, sendo o ‘Psychologist’ um dos mais procurados. Criado por Sam Zaia, o bot foi treinado para ajudar com questões de saúde mental, como depressão e ansiedade. Embora alguns especialistas questionem a eficácia desses bots em comparação com terapeutas humanos, muitos usuários relatam benefícios significativos, especialmente em momentos de necessidade fora do horário convencional de atendimento.
Por que importa?
A popularidade dos bots de terapia de IA reflete uma demanda crescente por suporte em saúde mental, especialmente entre jovens. A acessibilidade e a disponibilidade 24/7 desses bots oferecem uma alternativa para aqueles que não podem pagar por terapia tradicional ou que precisam de apoio imediato. No entanto, a eficácia e a segurança dessas interações ainda são debatidas, destacando a necessidade de cautela e supervisão profissional. A tendência também revela lacunas nos sistemas de saúde mental e a necessidade de aprofundarmos nas causas-raiz da crise de saúde mental enfrentadas entre os jovens. Ao mesmo tempo, precisamos nos manter atentos ao fato de que a forma de relação dos jovens entre si e com os outros está mudando com maior intermediação de tecnologia em muitos casos.
Khan Academy transforma a educação com modelo baseado em IA, Khanmigo
(Inglês, 20 minutos, vídeo)
Resumo
A Khan Academy, por meio de seu tutor, o Khanmigo, oferece ensino personalizado e busca aumentar o engajamento dos alunos utilizando tecnologias avançadas de inteligência artificial (IA) e uma abordagem socrática. O objetivo é melhorar a aprendizagem de 140 milhões de usuários, proporcionando tutoria escalável e incentivando o pensamento profundo. A Khanmigo utiliza IA para dar feedbacks em redação, além de oferecer suporte personalizado aos professores em colaboração com a OpenAI. A eficácia na tutoria é alcançada por meio de iterações rápidas, documentação estratégica e uma abordagem flexível para a qualidade e a tomada de decisões. Equipes diferentes criam soluções de software personalizadas com suporte de IA, melhorando a precisão da tutoria por meio de prompts avançados, contexto e monitoramento de desempenho.
Por que importa?
É importante acompanhar as tendências, como a personalização do ensino, e a Khan Academy há mais de uma década vem se posicionando para liderar no uso de novas tecnologias educacionais. Ao utilizar IA avançada e uma abordagem socrática, a Khanmigo busca não apenas melhorar a experiência de aprendizagem dos alunos, mas também apoia os professores. A Fundação Lemann financia a Khan Academy no Brasil.
Professora cria método com IA para dinamizar ensino em sala de aula
(Português, 5 min, texto)
Resumo
A professora de inglês Stelamaris Delavechia, 34 anos, desenvolveu uma metodologia inovadora que utiliza a inteligência artificial (IA) para tornar o ensino mais lúdico e atrativo. Ela integra jogos on-line e aplicativos educativos, como o Duolingo, em suas aulas para despertar o interesse dos estudantes. Durante a pandemia, Stelamaris intensificou o uso de IA, criando atividades como quizzes e escape rooms on-line. Ela também capacita outros professores e planeja lançar um podcast sobre o tema. Stelamaris acredita que a IA deve ser vista como uma aliada e não uma ameaça à profissão docente.
Por que importa?
A inovação na educação é crucial para acompanhar as transformações do mercado de trabalho e as novas dinâmicas tecnológicas. O uso da inteligência artificial em sala de aula pode tornar o aprendizado mais envolvente e eficaz, preparando melhor os estudantes para o futuro. Além disso, a abordagem lúdica pode aumentar o interesse e a motivação dos alunos, melhorando os resultados educacionais. A experiência de Stelamaris Delavechia mostra que é possível integrar tecnologia e ensino de maneira produtiva, sem substituir o papel fundamental dos professores.
ATIVAR! Metodologias ativas por WhatsApp
(Português, 5 min, texto)
Resumo
Os cursos ATIVAR! são uma parceria entre o Iungo e o Núcleo de Pesquisas em Novas Arquiteturas Pedagógicas (NAP) da Universidade de São Paulo (USP). São dois cursos gratuitos e on-line de extensão universitária com 40 horas cada: “Projetos de Vida” e “Novas Arquiteturas Pedagógicas”. Os cursos são oferecidos pelo WhatsApp e baseiam-se em metodologias ativas de aprendizagem. Os participantes dedicam de 15 a 20 minutos diários aos estudos e participam de encontros semanais on-line. Os cursos envolvem trabalho colaborativo e interdisciplinar, e os participantes que concluírem com sucesso recebem um certificado da USP.
Por que importa?
A relevância dos cursos ATIVAR! reside na promoção de metodologias ativas de aprendizagem que podem transformar a prática pedagógica dos educadores. Ao oferecer formação contínua e acessível, os cursos capacitam os professores a aplicar novas abordagens pedagógicas que favorecem o desenvolvimento integral dos alunos. Além disso, a certificação pela USP agrega valor ao currículo dos participantes e incentiva a adoção de práticas inovadoras nas escolas.