📢MCV #78: Ideb e Equidade na Educação
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O artigo de Daniel De Bonis, diretor de Conhecimento, Dados e Pesquisa da Fundação Lemann, destaca a importância de aprimorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para incluir indicadores de desigualdade educacional. Ele propõe ajustes no cálculo de proficiência e rendimento escolar, visando refletir melhor a realidade das escolas e promover maior equidade. Isso é crucial para enfrentar disparidades entre grupos de estudantes e orientar políticas que garantam oportunidades justas de aprendizagem.
Sala de Aula
Transformação educacional no Brasil: desafios e tendências
(Português, 4 min, texto)
Resumo
O artigo de opinião de Rafael Parente e Cláudia Costin discute a necessidade premente de transformação do sistema educacional brasileiro para preparar os cidadãos para um mundo em constante mudança, impulsionado pela revolução digital e pelo avanço da inteligência artificial. A Agenda 2030, em particular o ODS 4, destaca a importância de uma educação de qualidade e inclusiva. O texto aborda os desafios atuais da educação no Brasil, as tendências globais e as boas práticas locais, enfatizando a urgência de uma gestão educacional transformadora para promover a excelência na aprendizagem para todos os estudantes. Dados alarmantes sobre alfabetização e desempenho em Matemática reforçam a necessidade de ações sistêmicas e políticas robustas para abordar as desigualdades educacionais e sociais no país.
Por que importa?
A revolução digital e a automação estão redefinindo as competências necessárias, como o pensamento crítico e a criatividade, e impulsionando a adoção de metodologias ativas e de ensino personalizado. Experiências inovadoras em estados como Ceará, Pernambuco e Paraná demonstram que a colaboração e a liderança educacional eficaz podem resultar em avanços significativos. A valorização da formação contínua dos profissionais, a equidade na distribuição de recursos e a implementação de políticas educacionais focadas são vitais para melhorar consistentemente os resultados de aprendizagem no Brasil.
Repensando o Ideb: como promover a equidade na educação
(Português, 6 min, texto)
Resumo
O artigo de Daniel De Bonis, doutor em Administração Pública e diretor de Conhecimento, Dados e Pesquisa da Fundação Lemann, discute a importância e as limitações do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no contexto da educação brasileira. De Bonis argumenta que o Ideb, apesar de ser uma ferramenta valiosa, precisa ser aprimorado para incluir indicadores de desigualdade educacional. Ele propõe ajustes na forma como a proficiência e o rendimento escolar são calculados, a fim de refletir de maneira mais precisa a realidade das escolas e promover trajetórias educacionais mais equitativas.
Por que importa?
A discussão sobre a revisão do Ideb é chave para um desafio significativo no Brasil: as disparidades claras entre diferentes grupos de estudantes. A falta de indicadores de desigualdade no Ideb limita a capacidade de avaliar e abordar efetivamente essas discrepâncias. Ao refinar o Ideb para incluir medidas mais abrangentes de desigualdade, as políticas educacionais podem ser mais bem direcionadas para garantir que todos os alunos tenham oportunidades justas de aprendizagem e sucesso escolar.
Um em cada três professores da rede pública brasileira não tem formação adequada, aponta Anuário
(Português, 5 min, texto)
Resumo
O Anuário Brasileiro da Educação Básica, lançado pelo Todos pela Educação, pela Fundação Santillana e Editora Moderna, revelou que um em cada três professores da rede pública no Brasil não possui formação adequada para a disciplina que leciona. Além disso, 12,8% dos docentes não têm nem mesmo uma graduação. A situação é mais crítica nos Anos Finais do Ensino Fundamental, em que apenas 59% dos professores têm formação adequada. A presidente-executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz, aponta a ociosidade e a evasão nos cursos de licenciatura como parte do problema.
Por que importa?
A falta de formação adequada dos professores é um problema estrutural que afeta a qualidade da educação no Brasil. Problemas na formação de educadores podem comprometer o aprendizado dos alunos e minar os esforços de melhoria educacional no país. A divulgação desses dados destaca a necessidade urgente de políticas que incentivem a formação e valorização dos professores, tanto por parte do governo quanto das instituições de ensino.
O que matemática tem a ver com alfabetização?
(Português, 5 min, texto)
Resumo
O evento ‘Reconstrução da Educação’, realizado pelo Estadão, reuniu especialistas para discutir os desafios e as estratégias de alfabetização no Brasil. Especialistas como Kátia Smole, presidente do Reúna e membra da Rede de Líderes da Fundação Lemann; Hylo Leal, da Associação Bem Comum; e Anna Helena Altenfelder, do Centro de Estudos e Pesquisas em Edu ca ção, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), enfatizaram a importância de uma abordagem integrada e contínua da alfabetização, que não se limite apenas à leitura, mas também inclua a escrita e a alfabetização matemática. O debate ressaltou a necessidade de redefinir as estratégias educacionais para garantir que as crianças desenvolvam habilidades de leitura, interpretação e matemática desde cedo.
Por que importa?
Os índices atuais mostram que um enorme número de crianças no Brasil não é alfabetizada na idade certa. É importante também ir além da decodificação apenas, garantindo uma compreensão profunda e significativa da leitura ao longo da trajetória escolar. A inclusão da alfabetização matemática também é vital, pois a defasagem nessa área pode criar barreiras significativas no aprendizado. O evento destacou, ainda, a necessidade de políticas educacionais mais abrangentes e eficazes para melhorar os resultados de alfabetização no país.
Projeto que proíbe celulares nas escolas avança para etapa final na Câmara
(Português, 2 min, texto)
Resumo
O projeto de lei que proíbe o uso de celulares nas escolas de todo o país, proposto pelo deputado Alceu Moreira (MDB-RS), avançou para a etapa final na Câmara dos Deputados. Após nove anos tramitando, o projeto foi aprovado com alterações pela Comissão de Educação e agora será avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O relator do projeto na CCJ será Renan Ferreirinha (PSD-RJ), secretário de Educação de Eduardo Paes no Rio de Janeiro e membro da Rede de Líderes da Fundação Lemann, que já implementou a proibição de celulares nas escolas da rede municipal carioca.
Por que importa?
A iniciativa de proibir celulares nas escolas tem ganhado apoio tanto a nível municipal quanto federal, com o governo federal e o ministro da Educação, Camilo Santana, endossando a medida. A extensão da proibição para todo o país é vista como uma forma de promover um ambiente escolar mais focado e disciplinado, permitindo exceções para usos autorizados por professores. A aprovação do projeto poderia impactar significativamente a dinâmica educacional, especialmente no que diz respeito à atenção dos alunos e à redução de distrações durante as aulas. É importante, entretanto, que a política traga formas de permitir aos alunos uma adaptação para um uso adequado de tecnologia em escolas.
Conversando sobre chatbots: como IA pode apoiar professores
(Inglês, 24 min, áudio)
Resumo
No episódio de School’s In, os apresentadores Dan Schwartz e Denise Pope recebem a professora assistente da Escola de Pós-graduação de Stanford, Dora Demszky, para discutir o uso da inteligência artificial (IA) como uma ferramenta para dar feedback aos professores, com o objetivo de apoiar a melhoria contínua de sua prática. Demszky aborda várias maneiras pelas quais a IA pode capacitar os professores, incluindo destacar momentos em uma aula para que os professores os revisitem e reflitam, reforçar práticas que ajudam a desenvolver uma mentalidade de crescimento nos alunos, fortalecer a prática de construir sobre as ideias dos alunos para que se sintam ouvidos, fornecer exemplos de outros instrutores para criar uma comunidade compartilhada para a aprendizagem profissional, e alavancar futuras aplicações para apoiar aprendizes multilíngues.
Por que importa?
O uso de ferramentas de IA na educação pode transformar a maneira como os professores recebem feedback e aprimoram suas práticas de ensino. Ao destacar momentos-chave nas aulas, a IA pode ajudar os professores a aprofundar sua reflexão e aperfeiçoar suas abordagens pedagógicas. Além disso, ao reforçar práticas que promovem uma mentalidade de crescimento nos alunos, a IA pode contribuir para um ambiente de aprendizagem mais inclusivo e estimulante. A possibilidade de criar uma comunidade de aprendizagem profissional baseada em exemplos de outros educadores também é valiosa para a troca de ideias e estratégias eficazes. No caso específico de Dora Demszky, sua pesquisa inovadora no processamento de linguagem natural pode abrir caminho para uma instrução mais equitativa e centrada no aluno, atendendo às necessidades de uma população estudantil cada vez mais diversificada.
Masterclass: Letramento Racial e Práticas Antirracistas
(Português, 3 min, texto)
Resumo
O post de Rafael Silva, especialista em Equidade Racial, promoveu sua Masterclass sobre letramento racial e práticas antirracistas. Rafael abordou a importância de entender e combater o racismo, destacando a falta de percepção das pessoas sobre suas atitudes racistas. A Masterclass ocorreu no dia 25 de novembro.
Por que importa?
Educar as pessoas sobre equidade racial é parte fundamental do processo de promoção de uma sociedade mais justa e inclusiva. A Masterclass teve o objetivo de permitir que nos desenvolvamos na temática e criemos mais espaços de discussão para repensar práticas racistas de nossa sociedade.
Existe um problema com os ‘Mathbots’?
(Inglês, 8 min, texto)
Resumo
O artigo da EdSurge discute a crescente presença de chatbots, ou ‘Mathbots’, no ensino de matemática e o impacto que essas ferramentas podem ter para os estudantes. Enquanto os chatbots revolucionaram a instrução de escrita, sua influência nas salas de aula de matemática ainda é limitada. A pesquisa mostra que apenas uma pequena porcentagem de professores dos Ensinos Fundamental e Médio está utilizando a inteligência artificial, principalmente para tarefas como escrever e-mails ou gerar rascunhos de provas. A questão central é se os ‘Mathbots’ realmente podem atuar como tutores eficazes de matemática e transformar a educação nessa área.
Por que importa?
A discussão sobre os ‘Mathbots’ levanta questões importantes sobre a eficácia da inteligência artificial no ensino e na aprendizagem. Enquanto defensores como Sal Khan acreditam que os chatbots podem revolucionar a educação, há ceticismo por parte de educadores como Dan Meyer e Nick Hershman. Eles argumentam que a verdadeira tutoria em matemática requer uma conexão pessoal e emocional que os chatbots não podem oferecer. Além disso, a falta de interação humana e a necessidade de os estudantes digitarem informações extensas limitam a capacidade dos chatbots de realmente ajudar os alunos a compreender conceitos matemáticos complexos. A questão fundamental é se vale a pena investir tempo e recursos em uma tecnologia que pode não cumprir sua promessa de transformação educacional.
Setor Público
Líderes do G20 se reúnem no Rio de Janeiro para discutir desafios globais
(Português, 1 min, texto)
Resumo
A reunião, realizada nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, teve como objetivo abordar crises globais e promover um crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo. Os líderes reafirmaram o compromisso de construir um mundo justo e sustentável, focando no combate às desigualdades e na promoção do desenvolvimento sustentável. A Declaração de Líderes do Rio de Janeiro estabelece ações concretas nas áreas de inclusão social, combate à fome e à pobreza, transições energéticas, ação climática e reforma das instituições de governança global. O documento também destaca as iniciativas da presidência brasileira do G20, como a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a Força-tarefa para a Mobilização Global contra a Mudança do Clima.
Por que importa?
A reunião reforçou a importância da cooperação internacional para abordar questões prementes como a fome, a pobreza e as mudanças climáticas. Ao priorizar a inclusão social e o desenvolvimento sustentável, os líderes do G20 estão alinhados com a Agenda de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), buscando resultados tangíveis e promovendo uma abordagem holística para os desafios globais. Especificamente em pautas de educação, o artigo ilustra a necessidade de inclusão e diversidade, uso de educação digital como um promotor de igualdade e da necessidade de infraestrutura pública digital e conectividade para permitir que novas tecnologias como inteligência artificial estejam disponíveis de forma equânime ao redor do mundo.
Legisla Brasil lança AssessorAÍ, uma inteligência artificial para gabinetes parlamentares
(Português, 3 min, texto)
Resumo
Fernando Haddad Moura, CEO da Legisla Brasil, anunciou o lançamento do AssessorAÍ, a primeira inteligência artificial desenvolvida para otimizar o dia a dia dos gabinetes parlamentares no Brasil. O projeto, liderado por Lana Faria, diretora de Operações da Legisla Brasil, visa ajudar na definição de objetivos e metas para mandatos políticos, elaboração de Requerimentos de Informação, sugestão de estratégias de planejamento e acesso a projetos de lei. Atualmente, 15 gabinetes estão testando a ferramenta, que se encontra na fase de Produto Mínimo Viável (MVP, de Minimum Viable Product, em inglês). A iniciativa tem como objetivo ampliar a eficiência e estratégia no Legislativo brasileiro.
Por que importa?
A iniciativa da Legisla Brasil é relevante porque pode revolucionar a forma como os gabinetes parlamentares planejam e executam suas atividades. A introdução de uma inteligência artificial dedicada ao Legislativo pode aumentar a eficiência, a transparência e a fiscalização das ações parlamentares, resultando em um impacto positivo na governança e na democracia. O uso de tecnologia avançada como a AssessorAÍ pode servir de exemplo para outras iniciativas inovadoras no campo político e governamental.
Oportunidades
Lançado o ‘Desafio WhatsApp pela Amazônia’ para impulsionar iniciativas de inovação e impacto social na região
(Português, 1 min, texto)
Resumo
A Meta, em parceria com o ITS Rio e a Turn.io, lançou o ‘Desafio WhatsApp pela Amazônia’ com o objetivo de reconhecer e valorizar empreendedores e organizações que buscam promover a inovação e o impacto social na Amazônia. A iniciativa procura soluções que fomentem o desenvolvimento sustentável, a inovação social e o impacto positivo na região, visando acelerar startups, organizações não governamentais e projetos de impacto socioambiental. Os participantes têm a chance de receber até R$ 250 mil, além de mentoria, suporte técnico e participação em um programa de aceleração.
Por que importa?
O ’Desafio WhatsApp pela Amazônia’ é importante porque a Amazônia é um bioma essencial para a saúde do planeta, em razão de sua biodiversidade e de seu papel na regulação do clima. Incentivar iniciativas que promovam a sustentabilidade e a inclusão social na Amazônia não só ajuda a proteger a floresta e suas comunidades, como também serve como exemplo de como a inovação pode ser usada para abordar desafios ambientais urgentes.
Pesquisa
Diagnóstico Equidade: implementação da Lei de Educação para as Relações Étnico-raciais e da Cultura Afro-brasileira e Indígena
(Português, a seu tempo, painel de dados)
Resumo
O painel de dados apresenta os resultados do Diagnóstico Equidade, um instrumento utilizado pelo Ministério da Educação (MEC) para avaliar a implementação da Lei de Educação para as Relações Étnico-raciais e da Cultura Afro-brasileira e Indígena nas redes estaduais e municipais de educação do Brasil. As informações foram coletadas de 5.474 das 5.597 Secretarias de Educação do país, entre 21 de março e 10 de julho de 2024. Os dados são organizados em vários índices que abrangem a formação, o financiamento e a gestão escolar relacionados às políticas de Educação para as Relações Étnico-raciais (ERER) e Educação Escolar Quilombola. O painel permite a filtragem por região, unidade da federação, município, porte dos municípios e presença de escolas indígenas ou quilombolas.
Por que importa?
Esse diagnóstico facilita o acompanhamento da implementação efetiva das leis de ERER e da cultura afro-brasileira e indígena. Estas são políticas essenciais para promover a igualdade e a diversidade no sistema educacional brasileiro. Ao fornecer dados detalhados sobre a situação atual em várias dimensões, o diagnóstico pode ajudar a identificar lacunas e áreas de melhoria, orientando políticas públicas que visam fortalecer a educação étnico-racial no país. A transparência dos dados também promove a prestação de contas e a disseminação de boas práticas entre as diferentes redes de educação.
Respostas ao RFI sobre oportunidades de apoiar inovações revolucionárias na Educação K-12
(Inglês, 10 min, texto)
Resumo
A Request for Information (RFI), da Renaissance Philanthropy, em parceria com a Walton Family Foundation, recebeu mais de 350 respostas de cientistas, tecnólogos e inovadores sobre as áreas promissoras em que um programa de pesquisa coordenado poderia impulsionar avanços na educação. As respostas destacam o potencial das tecnologias como inteligência artificial (IA), visão computacional e Realidade Aumentada/Virtual (AR/VR) para reimaginar uma experiência educacional mais personalizada e baseada em pesquisa. As inovações propostas vão desde chatbots para coaching individual até soluções imersivas de realidade mista, com o objetivo de atender às diversas necessidades de aprendizagem e preparar os estudantes para o sucesso escolar e profissional.
Por que importa?
As respostas ao RFI ilustram a importância de alavancar as novas tecnologias para abordar as necessidades críticas da educação, como a melhoria da alfabetização, a inovação na instrução para apoiar os educadores, a promoção da aprendizagem conectada à carreira, o avanço das habilidades STEM (Science, Technology, Engineering, and Maths - em português, ciência, tecnologia, engenharia e matemática) e o fortalecimento do suporte para estudantes com deficiências de aprendizagem. A parceria entre técnicos, educadores e filantropia é vista como fundamental para impulsionar essas inovações educacionais e, por consequência, melhorar os resultados de aprendizagem.
Tecnologia
ChatGPT nas escolas: adoção ou chegada?
(Inglês, 4 min, texto)
Resumo
O artigo de Justin Reich, professor associado de Estudos de Mídia Comparativa e diretor do Teaching Systems Lab, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), discute a emergência do ChatGPT na educação e propõe uma distinção entre ‘tecnologias de adoção’ e ‘tecnologias de chegada’. Enquanto as escolas tradicionalmente adotam tecnologias por meio de um processo planejado, as tecnologias de chegada, como o ChatGPT, contornam esses processos e entram nas escolas por meios das ações de estudantes, professores ou fornecedores. O artigo argumenta que a rápida e ampla adoção do ChatGPT, juntamente com a prevalência de dispositivos de propriedade dos estudantes, marca uma mudança na forma como a tecnologia entra nas salas de aula, apresentando desafios significativos. Justin Reich e Jesse Dukes chamam a atenção para a necessidade de uma nova teoria de tecnologias de chegada para orientar a pesquisa, prática e políticas educacionais.
Por que importa?
A discussão sobre a adoção versus chegada de tecnologias nas escolas impacta diretamente a forma como entendemos a integração de ferramentas como o ChatGPT nas escolas. A entrada não regulada de tecnologias nas salas de aula pode levar a usos inadequados, como a “cola”, antes que estratégias pedagógicas eficazes sejam desenvolvidas. Isso, por sua vez, coloca pressão sobre as escolas para gerenciar retroativamente essas tecnologias, muitas vezes sem os recursos ou treinamentos adequados. Ao mesmo tempo, a proibição pura e simples, sem reflexão, impede a inovação e que a escola se conecte à realidade do mundo fora de suas quatro paredes.
Fundação Itaú lança guia de aplicação responsável de inteligência artificial
(Português, 10 min, texto)
Resumo
A Fundação Itaú lançou um guia que reúne informações e análises sobre o uso responsável da inteligência artificial (IA). O guia, intitulado Breve guia digital de inteligência artificial: um olhar sobre documentos recentes, busca promover o equilíbrio entre inovação, regulamentação, inclusão, pluralidade e sustentabilidade no avanço tecnológico. A publicação oferece parâmetros, diretrizes éticas e critérios de usabilidade para a aplicação da IA, destacando tanto as ameaças quanto os benefícios que a IA pode trazer para a sociedade global.
Por que importa?
A iniciativa da Fundação Itaú é importante no contexto atual, no qual a IA desempenha um papel cada vez mais significativo em diversas áreas. A busca por uma abordagem responsável da IA é importante para garantir que seus benefícios sejam maximizados, enquanto se mitigam os riscos potenciais, como viés algorítmico, privacidade de dados e desigualdades sociais. Esse guia pode servir como uma ferramenta valiosa para governos, empresas e organizações que buscam implementar a IA de forma ética e sustentável.
Especialistas debatem aplicação da inteligência artificial generativa em startups de educação durante evento do Insper
(Português, 5 min, texto)
Resumo
O evento ‘Dado Certo!’, promovido pelo Insper, reuniu especialistas para discutir o uso da inteligência artificial generativa em startups de educação. A coordenadora de Tecnologia e Inovação da Fundação Lemann, Laura Mattos, destacou a importância dos dados, especialmente na educação pública, para desenvolver estratégias baseadas em tecnologia. A automatização da avaliação da alfabetização de crianças por meio de IA, desenvolvida em parceria com a Aliança pela Alfabetização, foi um dos destaques. Outros palestrantes, como o professor André Santana, do Insper, e Ivan Seidel Gomes, da Layers Education, abordaram a cultura data-driven e a importância da qualidade dos dados para a eficácia das soluções educacionais.
Por que importa?
O debate demonstra a crescente relevância da tecnologia, em particular da inteligência artificial, no cenário educacional. A utilização de dados e IA pode não apenas otimizar processos administrativos e pedagógicos, mas também impactar diretamente a aprendizagem dos alunos e, por consequência, seus resultados ao longo da vida. A experiência de diversas startups e instituições educacionais apresentada no evento demonstra que a inovação tecnológica é fundamental para a modernização e melhoria da educação, alinhando-se com as tendências globais de personalização da aprendizagem e uso inteligente de dados.
Novas ferramentas de IA são promovidas como auxílio de estudo para estudantes. Estão causando mais mal do que bem?
(Inglês, 8 min, texto)
Resumo
O artigo de Jeffrey R. Young discute a crescente popularidade de ferramentas de inteligência artificial que podem resumir textos, áudios e vídeos de forma simplificada, semelhante aos antigos CliffsNotes. Essas ferramentas, como o NotebookLM, da Google, estão sendo adotadas por estudantes para agilizar a síntese de informações e facilitar o estudo. No entanto, a proliferação dessas ferramentas levanta preocupações entre educadores, que temem que os alunos estejam terceirizando o trabalho de aprendizagem para a IA. A questão se torna mais complexa à medida que as ferramentas de IA se tornam comuns em outros contextos além da sala de aula. É importante, ainda, levar em consideração o potencial valor dessas ferramentas para estudantes neurodivergentes, que podem se beneficiar da organização e compreensão proporcionadas pelas ferramentas.
Por que importa?
A discussão sobre o uso de ferramentas de IA como auxílio educacional levanta questões sobre a autenticidade da aprendizagem, a necessidade de estabelecer limites claros para seu uso e a importância de manter um nível adequado de desafio para os estudantes. Educadores e instituições de ensino devem reavaliar suas políticas de IA à luz dessas novas capacidades tecnológicas. Além disso, a precisão das informações fornecidas pelas ferramentas de resumo de IA e as questões éticas e ambientais associadas ao seu uso também são tópicos de preocupação.