📢MCV #8: Importância de garantir diversidade no ensino superior e setor público
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Se você tiver só 2 minutinhos
- Na última semana, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que as ações afirmativas raciais, que vêm sendo adotadas há anos por universidades americanas, serão consideradas inconstitucionais a partir de agora.
- A Fundação Lemann lamenta a decisão, que tornará ainda mais difícil o acesso de estudantes negros, indígenas e hispânicos ao ensino superior naquele país. A decisão vai na contramão do que acreditamos e atuaremos com ainda mais empenho e energia sobre soluções para aumentar a diversidade de estudantes que pleiteiam bolsas de estudos no exterior.
- Para além dos impactos diretos para quem estuda ou quer estudar fora, a decisão da Corte Americana também nos alerta e convoca para a necessidade de um debate mais intencional e aprofundado no Brasil em torno da defesa, dos avanços e do aprimoramento da Lei de Cotas. Sancionada em 2012, a lei está em fase de revisão no Congresso Nacional e é uma política que transforma inúmeras vidas por meio do acesso à educação e à ciência, sendo um passo importante para que possamos garantir diversidade racial também em espaços de liderança.
- Em março deste ano celebramos um grande avanço pela equidade racial no setor público quando o Ministério da Igualdade Racial decretou que, até 2025, 30% dos cargos e funções gratificadas na administração federal direta, autárquica e funcional sejam ocupados por pessoas negras.
- Olhando para esse tema, resgatamos o artigo ‘’Para pessoas negras, o desafio não é só ocupar, mas permanecer em cargos de liderança’’ de Deloise Jesus, Gerente da área de Equidade Racial da Fundação Lemann que escreveu para coluna de Michael França na Folha de São Paulo sobre os desafios de pessoas negras em cargos de liderança nos setores público e privado.
MAIS 10 MINUTOS DO SEU DIA PARA AMPLIAR CONHECIMENTO
Ação afirmativa nos EUA: os efeitos da decisão da Suprema Corte
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Resumo:
Em sua coluna, o professor de sociologia e ciência política do IESP da UERJ, Luiz Augusto Campos, especialista em ações afirmativas, discorre sobre o histórico do tema nos EUA e como as ações afirmativas foram ferramenta de redução de desigualdades raciais e os potenciais impactos que extrapolam os muros das universidades.
Por que importa?
É importante entender os paralelos com EUA para garantir queo Brasil não passe pelo mesmo retrocesso
Opinion | How to Fix College Admissions Now
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Resumo:
O artigo argumenta que é possível que haja uma reação das universidades de elite em criar políticas de admissão mais progressistas. Um dos grandes desafios que enfrentarão é conseguir convencer os alunos de que ainda é possível acessar estas universidades, mesmo no novo cenário.
Por que importa?
Existe a possibilidade de surgirem algumas formas criativas de resolução das questões de acesso de pessoas negras às universidades que podem nos inspirar a pensar em evoluções de nossas próprias políticas. Afinal, como mostrado em MCV anterior, apesar de já termos mais alunos negros nas universidades brasileiras a desigualdade persiste.
PTBR / 5min / TEXTO
Resumo:
Artigo com análise da Izabela de Souza, formada em 2022 no mestrado em Educação na Teachers College da Universidade de Columbia, sobre os possíveis impactos da decisão da Suprema Corte estadunidense na experiência das pessoas negras que querem fazer ou já fazem pós-graduação nos EUA.
Por que importa?
Os possíveis impactos da decisão da Suprema Corte americana são diversos e mapear cada um deles é importante para direcionar a ação e mitigar retrocessos.
Por que Harvard está sendo acusada de favorecer estudantes brancos
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Resumo:
Dias após a Suprema Corte americana revogar as ações afirmativas para ingresso no ensino superior, ativistas apresentaram uma queixa na Justiça federal contra Harvard por favorecer estudantes brancos.
Por que importa?
Diante da decisão da suprema corte, é importante analisar outros elementos que influenciam o ingresso no ensino superior americano, como as admissões por legado, que facilitam a entrada de alunos cujos pais ou parentes tenham estudado na instituição ou doado dinheiro a ela.
Ações afirmativas: um estudo de caso
Vídeo, em inglês (possível ativar legenda em português),
Resumo: a Califórnia proibiu universidades como Berkeley e UCLA de usar a raça em seus processos de admissão na década de 1990. Desde então, um grande estudo que mede o sucesso acadêmico e os ganhos dos estudantes antes e depois da proibição tem mostrado quais os efeitos que as políticas de admissão "neutras em relação à raça" têm sobre os estudantes pertencentes a minorias. Uma das consequências é a dminuição de estudantes negros se candidatando para essas universidades.
Por que importa?
Como comentando em texto acima, um dos grandes desafios será convencer estudantes negros que ainda é possível acessar estas universidades mesmo no novo cenário. Esse é um trabalho que o programa Alcance, liderado pelo Instituto Four e apoiado pela Fundação Lemann, tem feito aqui no Brasil.
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Resumo:
A Diretora da área de Equidade Racial da Fundação Lemann escreve na coluna de Michael França na Folha de São Paulo sobre os desafios de pessoas negras em cargos de liderança nos setores público e privado. Não só alcançarem os cargos mas se manterem neles é um desafio por conta do racismo estrutural presente em nossa sociedade
Por que importa?
Sem pessoas negras em espaços de liderança, é impossível construirmos uma sociedade brasileira justa. As distorções são latentes: por exemplo, enquanto 56% das brasileiras e brasileiros são negros, apenas 4% das lideranças do setor privado são mulheres negras. A representatividade nos espaços de liderança permite que a realidade vivida pela maior parte de nosso país seja vista e discutida.
Política que norteia inovação com IA no Brasil não tem orçamento
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Resumo:
Enquanto temos uma Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial desde 2021 nos eixos de governança e geopolítica, temos pouco recurso dedicado a implementá-la efetivamente
Por que importa?
Os investimentos na área de inteligência artificial por empresas e por governos têm crescido e são vistos como fundamentais para a continuidade do crescimento e oportunidades econômicas. Sem uma política clara para o fomento e que tenha chances de ser implementada, corremos risco de ficar para trás, mesmo tendo vantagens como uma população grande e que fala em sua grande maioria o mesmo idioma.
David Eaves: the promise and the pitfalls of digital government
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Resumo:
O Professor da University College London (UCL) traz sua visão de como a construção de infraestrutura pública digital (ecossistema de tecnologias, protocolos e serviços digitais mantidos para benefício público) tem relevância tanto para os próprios países que as produzem como para outras nações.
Por que importa?
O caso citado do PIX ilustra como o impacto na vida dos cidadãos é concreto. Uma estratégia de transformação digital que pense em Infraestrutura Pública Digital permite racionalização de recursos e alcance de objetivos sociais ambiciosos.
Sala de Aula:
Os países europeus que estão banindo celulares em sala de aula
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Resumo:
Países europeus como Holanda, França e Finlândia estão banindo o uso de celulares e relógios inteligentes em sala de aula por conta das pesquisas mostrando seu impacto na concentração dos estudantes. Exceções são nos casos de alunos com necessidades específicas e em aulas dedicadas ao uso de tecnologia em si.
Por que importa?
Se por um lado, uma escola que não tenha a tecnologia incorporada em sua lógica se afasta da realidade encontrada por alunos do lado de fora de suas paredes, por outro é importante que entendamos onde ela apoia nosso desenvolvimento e onde pode ser um impeditivo. É importante entender os efeitos desses banimentos e se de fato contribuem para desenvolvimento e aprendizado.
Why are Vietnamese schools so good?
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Resumo:
Em artigo da The Economist, o sucesso das escolas vietnamitas é estudado. Dentre as causas estão a formação contínua de professores, autonomia destes na ponta e uma gestão que privilegia acesso aos melhores professores nas regiões com maior necessidade por meio de incentivos econômicos
Por que importa?
Entender exemplos de sucesso em países de renda mais próxima à brasileira nos permite adaptar as lições para nosso contexto.
Quais as chances de um aluno pobre e de um aluno rico ter um bom professor?
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Resumo:
Lara Simielli, membra da Rede de Líderes Fundação Lemann e professora da FGV, mostra como alunos pobres e pretos têm probabilidade muito mais baixa de terem acesso a professores experientes e com pós-graduação. Enquanto isso, alunos da zona rural tem 93% mais de chance de terem professores sem graduação que alunos em zona urbana.
Por que importa?
Um dos principais fatores para bons resultados educacionais é o acesso a professores bem formados. Mais uma vez, percebemos como as perpetuidades são propagadas e mantidas em nosso sistema educacional. Políticas públicas específicas para combatê-las são necessárias, como por exemplo, incentivos para que professores bem qualificados deem aulas para os alunos que mais necessitam.
Desigualdades raciais no campo da educação
PTBR / 6min / TEXTO
Resumo:
O texto do professor Rafael Silva descreve os aprendizados sobre desigualdade racial educacional do GEEMA (Grupo de Estudos Multidisciplinar de Ação Afirmativa)
Por que importa?
Se temos a redução de desigualdades raciais até 2018, os dados parecem mostrar uma estagnação nessa evolução. Entender as raízes da dificuldade nessa redução é fundamental para conseguirmos atacar a questão
Teachy capta R$ 8 mi para ajudar professores usando tecnologia de IA
PTBR / 2min / TEXTO
Resumo:
Startup quer apoiar professores a construírem planos de aulas, lista de exercícios e a corrigirem e acompanharem seus alunos utilizando IA como forma de otimizar essa jornada
Por que importa?
IA tem potencial de simplificar o trabalho de professores permitindo que eles se concentrem nas relações humanas fundamentais e em dar suporte para as necessidades específicas de seus estudantes. Para que essas ferramentas sejam construídas, recursos são necessários e, portanto, entender os movimentos do mercado nesse financiamento ajuda a entender o que pode surgir adiante.
Tecnologia:
Insights from global conversations
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Resumo:
A equipe da OpenAI publicou um balanço após a visita do CEO Sam Altman a 22 países (incluindo o Brasil, onde você pode relembrar na MCV #1). Um dos destaques no artigo, que também apareceu no encontro organizado com apoio da Fundação Lemann em maio no Rio de Janeiro, foi sobre o uso dos dados dos usuários. OpenAI reiterou que não treina em dados de clientes da API e que os usuários podem optar por não participar facilmente
Por que importa?
Ao mesmo tempo que vemos usuários e desenvolvedores em todo o mundo estão criando aplicações interessantes com as ferramentas OpenAI. Exemplos incluem estudantes do ensino médio na Nigéria usando o ChatGPT para simplificar tópicos de estudo complexos, servidores públicos em Singapura usando as ferramentas OpenAI para melhorar os serviços públicos. É importante ter um olhar atento às preocupações sobre os riscos de desinformação, deslocamento econômico e questões de segurança associadas a modelos cada vez mais poderosos.
Inteligência artificial precisa ser regulada porque já causa danos, diz ministro do STJ
PTBR / 9 min / Paywall / TEXTO
Resumo:
O ministro do STJ Ricardo Villas Bôas Cueva apresenta sua visão sobre regulação de Inteligência Artificial em entrevista. Fala sobre os diferentes riscos e formas de regulação e as diferenças entre o modelo americano, que tem privilegiado regulações setoriais, e o europeu, que temos seguido, e traz uma regulação mais genérica com aprofundamentos setoriais
Por que importa?
As discussões sobre a regulação em inteligência artificial continuam quentes visto o impacto que essas tecnologias devem ter. A entrevista direta com um dos atores da discussão nos ajuda a entender onde estamos no tema
OpenAI is forming a new team to bring ‘superintelligent’ AI under control
ENG / 3min / TEXTO
Resumo:
A OpenAI está formando uma nova equipe para desenvolver maneiras de orientar e controlar sistemas de IA "superinteligentes", isto é, com inteligência superior a dos seres humanos.
Por que importa?
A OpenAI prevê que dentro dessa década é possível que tenhamos inteligências artificiais superiores à inteligência humana. Atualmente, não existem formas de orientar esses sistemas “superinteligentes” e evitar que sejam hostis. Portanto, é importante investir em pesquisa para resolver os desafios técnicos de controlar essa IA.
Google DeepMind’s CEO Says Its Next Algorithm Will Eclipse ChatGPT
ENG / 6min / TEXTO
Resumo:
A Google ainda não conseguiu se posicionar bem na disputa entre os LLMs com sua versão de chatbot com IA generativa, o Bard. Em abril, uniu duas organizações parte de seu ecossistema, a Deep Mind com seu laboratório de IA, Brain, para criar a Google DeepMind. O CEO dessa nova organização traz sua visão de que serão capazes de fazer algo superior ao ChatGPT em breve, com o projeto que estão chamando de Gemini.
Por que importa?
As maiores evoluções no campo de IA vieram ao longo dos anos das Big Techs. A OpenAI mexeu com o mercado e ameaçou essa dominância. A Google agora disputa para voltar a dominar esse espaço e garantir a liderança no mercado de buscas e estender suas tecnologias para outras áreas. Essa concorrência pode movimentar recursos e pessoas na busca de novas soluções
Startups:
EdTech VC tumbles to $707M for Q2. 'Bottom of the Market' meets the new Innovation Funding Stack
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Resumo:
Report do trimestre da HolonIQ mostra como o investimento em edtechs foi drasticamente reduzido. A tendência já ocorria desde o ápice em 2021. Os efeitos são decorrentes da redução do número de investimentos e, principalmente, da redução das rodadas
Por que importa?
Essa redução ocorre ao mesmo tempo em que tendências tecnológicas como a aplicação de Inteligência Artificial pode gerar novas soluções para antigos desafios. Entender os movimentos de capital no setor pode ajudar a entender a possibilidade de financiar inovações em EdTechs